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robindotelhado
terça-feira, março 21, 2006
 
Raimundos - Selim

Eu queria ser o banquinho da bicicleta
Pra ficar bem no meio das pernas
E sentir o seu anus suar
Eu queria ser a calcinha daquela menina
Pra ficar bem perto da vagina
E as vezes ate me molhar

Mas eu nao sei o que se passa nesta cabecinha
E claro que era da minha
Voce nao pode duvidar
fica quieto
Nao me deixe envergonhado
Pois se eu ficar excitado
A minha calca vai estourar
repeti

Eu queria ser o banquinho da bicicleta
Pra ficar bem no meio das pernas
E sentir o seu anus suar
Eu queria ser a calcinha daquela menina
Pra ficar bem perto da vagina
E as vezes ate me molhar
Mas eu nao sei o que se passa nesta cabecinha
E claro que era da minha
Voce nao pode duvidar
fica quieto
Nao me deixe envergonhado
Pois se eu ficar excitado
A minha calca vai estourar

V. Exas. sabem como a coisa rola, né? Uma coisa leva a outra e esta a outra ainda.
Vai daí e como este mísero e irrisório blogue já tens uns mesitos, lembrei-me de transcrever mais uma letra, desta vez de um grupo brasileiro. Desta forma relaciono o post anterior - também com uma letra - e um mais antigo que descrevia uma certa parte de uma certa donzela, onde acabam as costas e começam as pernas.
Um pouco revivalista, eu sei, mas depois de ter visto nos comments o valor da suposta dívida da CM, sentiu-me a modos que...enrabado. E, se assim era, porque não relembrar o mais emblemático cu de SPS?
 
segunda-feira, março 20, 2006
 
Sérgio Godinho - O Homem-Fantasma


Eu sou o homem-fantasma
vejo tudo sem ser visto
eu sou um justiceiro
com um disfarce sinistro
eu meto medo aos que nos vêm
com falinhas falsas
e treme-lhes a dentadura
cai-lhes as calças

Eu sou o homem fantasma
e estou em toda a parte
voar para alguns é profissão
para mim é uma arte
mas para ver o meu bairro
eu não preciso de asas
muito prédio a crescer
e muita gente sem casas

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se e a gente pasma
quando respira fundo, o homem fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma.

Eu sou o homem-fantasma
vejo tudo sem ser visto
e já espreitei para dentro
da carteira de um ministro
e vi fotografias de um passado duvidoso
e outras mais recentes dele todo vaidoso

Eu sou o homem-fantasma
justiceiro imortal
eu vou de norte a sul
da montanha ao litoral
e enquanto a luz e a água
vão para a vila e para a cidade
para aldeia vão jornais da tarde
e boa vontade

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma

Eu sou o homem-fantasma
e estive num hospital
há lá quem morra
tanto da cura como do mal
e os donos da medicina
gritaram: Aí, o homem-fantasma!
Depressa, uma seringa, um bisturi, um cataplasma!

Eu sou o homem-fantasma
e como vidro transparente
eu sento-me aos jantares
e ninguém me pressente
e dizem: tal e coisa
e coisa e tal
e vice e versa
e o que lá fora era discurso
cá dentro é conversa

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma

Eu sou o homem-fantasma
combatente infatigável
mas atenção que até eu
posso ser criticável
se depois do que eu digo
e denuncio e reclamo
eu voltar para casa
e em casa eu for um tirano

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio quando muito será de asma

Não acham que S. Pedro era muito melhor se o BMW do Tó Carlos tivesse vindo equipado com um cd do Sérgio Godinho e, mais concretamente, com o «Homem-Fantasma»? Podia ser que prestasse atenção à letra e se pusesse atrás do sol posto, lá para os lados do Trigal?

Robin-Fantasma
 
sexta-feira, março 03, 2006
 
O SILVA E O MARCO PAULO

Fiquem os blogueiros descansados que não vou dissertar sobre os dois ou mais amores do Silva, fazendo um trocadilho com a letra do Marco Paulo. Primeiro, porque não sei quantos ou quem são os amores do Silva. Segundo, mesmo que soubesse, nunca o faria. Seria de mau gosto e não gosto de brincar com a vida privada de ninguém.

Sei que, numa análise preliminar, a estupefacção será geral. Como pode alguém comparar um intelectual da craveira do Silva com o Marco Paulo, dispensando-me de qualificar as limitações intelectuais deste, pelo menos aparentemente, interrogar-se-ão.

Já lá vai um tempito, mais de 20, mas parece que foi ontem.. Havia chegado de Buenos Aires, onde tinha estado emigrado uns dez anitos. Como o meu trabalho era numa vinha, isolada dos grandes centros, o meu contacto com o mundo era reduzido, principalmente com o do nosso Portugal, pelo que, quando regressei, não conhecia nenhuma personalidade portuguesa, política, cultural ou social.

Um dia à noite, no café Edgar, assistia a um programa de televisão da RTP 1 na companhia de meia dúzia de amigos da nata sampedrense – pelo menos assim eram tratados. No ecrã, a cabeleira de um tipo com cerca de 30 anos, a fazer lembrar as partes baixas de uma negra, mas 1000 vezes ampliada, ocupava cerca de 2/3.
À jornalista que o entrevistava, o tipo da carapinha, à medida que ia arranjando as meias brancas, lá ia respondendo: «o Marco Paulo vai lançar um álbum no Verão», «os concertos do Marco Paulo estão a correr bem», «o Marco Paulo vive na companhia da mãe».

As referências sucessivas ao tal Marco Paulo deixaram-me intrigado. Mas quem seria o raio do Marco Paulo de que o tipo da carapinha tanto falava? Pondo em prática a minha ignorância, lá me atrevi a perguntar ao amigo do lado quem era tal personagem. Imaginem qual não foi o meu espanto quando me disseram que o Marco Paulo era o tipo da carapinha.

Para mim foi uma absoluta novidade. Um gajo a falar de si próprio na terceira pessoa do singular! Nem na Argentina tinha visto tal coisa. Megalomania, imbecilidade, senilidade? Não sei qual destes factores poderiam ter justificado tal atitude, o que sei é que, nos anos que se seguiram, o fulaninho lá continuou com a ladaínha do Marco Paulo isto, o Marco Paulo aquilo.

Agora entra o nosso amigo Silva. Desde que ele abandonou o Caricas, passei a seguir as suas intervenções de fundo no http://www.negrelosonline.blogspot.com/. Afinal – sim afinal, não «a final» - o Silva é, juntamente com o Dr. Gralheiro, o único intelectual vivo de S. Pedro do Sul.
Quando li o seu último post, nem queria acreditar. Provavelmente também não vão acreditar, pelo que passo a transcrevê-lo:

«POLUIÇÃO DO TROUÇO DISCUTIDA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE S. PEDRO DO SUL
Por iniciativa do deputado Manuel Silva (PSD), a poluição do Rio Trouço foi discutida na Assembleia Municipal de S. Pedro do Sul realizada no passado dia 24 de Fevereiro.Aquele deputado, após alertar para os prejuízos na agricultura e o perigo para a saúde pública das populações de algumas das freguesias do concelho de Vouzela (Queirã, S. Miguel do Mato e Figueiredo das Donas) e das localidades de Negrelos, Arcozelo e Outeiro da Comenda, na freguesia (...)».

Reparem bem, «por iniciativa do deputado Manuel Silva», «aquele deputado».
Estou preocupado. O que terá levado o Silva a falar de si próprio? Será que ninguém fala nele, ao ponto de ter de ser ele próprio a fazê-lo? Será da convivência forçada com o Marco Paulo, imposta pelo Tó Carlos aos seus correlegionários quando convidou este artista para actuar no Lenteiro do Rio? Será que está a ficar com uma projecção megalómana que já não consegue esconder?

Sr. Manuel Silva, não se sinta obrigado a proceder dessa forma. Os leitores sampedrenses estão consigo, respeitam-no e têm-no em tão elevada conta que existe já um movimento de campo para o convencer a voltar a escrever no Caricas ou qualquer outro blogue de maior «tiragem».
Sr. Manuel Silva, não fale de si e das suas valorosas intervenções de fundo na assembleia municipal. As máquinas dos aparelhos comunistas, que V. Exa. tão bem conhece, eram hábeis nessa auto-propaganda.
Sr. Manuel Silva, as suas intervenções falam por si. O tempo dar-lhe-á o devido valor. Antevejo-lhe um futuro como assistente do Pacheco Pereira.
A partir de hoje, passarei a dar conta de todas as suas intervenções, para que se não sinta obrigado a falar de si na terceira pessoa. Palavra de Robin, desculpe, a minha palavra.
 
S. Pedro do Sul, Viseu

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