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robindotelhado
segunda-feira, dezembro 22, 2008
 
MISERICÓRDIA - ILAÇÕES A TIRAR...


Como era evidente, as eleições para a Misericórdia foram ganhas a lista liderada pelo Zé Fernandes. Não podia ser de outra forma. Os Sampedrenses podem andar distraídos, mas não são cegos.

Cegos são aqueles que se agarram aos lugares durante anos e anos a fio, assumindo-se como seus donos, pensando e, pior do que isso, dando a entender (por vezes, dizendo-o) que tal permanência lhes dá direito ao lugar.

Falo dos peões desta nossa terra, pessoas que nunca acrescentaram nada de novo, que apenas pretendem perpetuar-se nos seus ducados em cadeiras bolorentas de poderes pequeninos, única forma de se afirmarem na sociedade. Pessoas sem valências, coerências e cheias de incongruências e maledicências, prontas a serem descarregadas em quem se lhes atravessar pela frente.

Quem não tem discernimento para sair pelo seu próprio pé, tem de ser varrido, sair pela porta dos fundos. Foi o que aconteceu com a votação destas eleições, cuja diferença foi bem significativa. Alguns dos seus membros há muito que se deveriam ter recolhido, com calma, tranquilidade e verticalidade. Escusavam de passar por vexames destes. Fica mal a quem tem já cabelo branco (ou preto, mas pintado).

Está na hora de tomarem consciência de que já ninguém vive do pequeno favor, do pequeno jeito. Já ninguém, tolera as boatices trauliteiras que tentam impingir sob os carvalhos à beira rio ou, quiçá, num clima mais tropical.

A receita está dada, meus amigos, ou será que ainda não se aperceberam que há determinadas pessoas que apenas servem para espantar a caça, para nos impedir, qual correntes, de nunca passar de miseráveis instâncias, onde muito se fala (escreve) e pouco e mal se diz?
 
quarta-feira, dezembro 17, 2008
 
SANTO ANTÓNIO TIRA A DOR, MAS NÃO TIRA A PANCADA…

S. Pedro do Sul é, de facto, o centro do Universo. É aqui que tudo quanto é inusitado acontece. Uniões que se transformam em desuniões. Amizades que viram inimizades.

Vem isto a propósito do processo eleitoral da Santa Casa da Misericórdia de S. Pedro do Sul. Pois é. Espantados, certo? Sei que os dois ou três leitores deste modesto blogue pensavam que a Santa Casa da Misericórdia da nossa vilória não estava sujeito a nenhuma espécie processo eleitoral. Pensariam, porventura, que se tratava de uma monarquia.
Erro crasso. Compreensível, tendo em consideração as vezes sucessivas em que o Sr. Manuel Paiva se sucedeu a si próprio (35 anos), mas um erro. Durante anos a fio o senhor Provedor fez-se eleger sem nenhuma espécie de oposição, quiçá pelo árduo trabalho que aí desenvolveu. Sempre em benefício de terceiros. Nunca em proveito próprio ou dos seus familiares. Uma gestão criteriosa e rigorosa.
O problema é que, desta vez, vamos ter duas listas. Uma verdadeira zanga de comadres, cujo resultado esperamos nos elucide sobre as verdades.
De um lado o eterno Manuel de Paiva, cuja equipa conta com os préstimos de uma das maiores inteligências de S. Pedro do Sul, com vasta experiência em maratonas e na gestão de agulhetas das viaturas que fazem ti-nó-ni, de discurso rápido, apenas ultrapassado pela velocidade do próprio raciocínio, Eduardo Boloto, e com um dos gestores mais sérios e capazes que alguma vez passaram (e passarão) pelos tribunais portugueses, José Barros.
Uma equipa de peso, a que se soma uma das pessoas mais populares do concelho, José Duque. Mais conhecido que o próprio Papa no Vaticano, um homem de trato fácil, com créditos reconhecidos pelo valoroso trabalho autárquico desempenhado ao longo de décadas (só não chegou mais alto, tipo ministro, por não ser doutor, uma injustiça para um país onde só os doutores e engenheiros arranjam tachos) e de uma seriedade à prova de bala, tipo Panzer. Não tivesse ele sido distinguido pelo seu currículo na CGD!
Do outro lado, José da Cruz Fernandes, homem sério e inatacável sob todos os ângulos, com percurso firmado nas Finanças, acompanhado pelo Víctor Figueiredo, o eterno Presidente da Junta de S. Pedro do Sul, homem popular.
Escolha difícil. Tenho-me interrogado em quem votaria se fosse irmão. A «campanha» está ao rubro.
Ao que parece, a lista liderada pelo José da Cruz Fernandes acusa a opositora de «atitudes menos dignas», de «ofensas corporais», de não olhar a «meios para atingir os seus fins».
Confesso que me custa a acreditar nestas acusações. Não consigo conceber pessoas do mais elevado nível, como o José Duque a cometer tais deselegâncias. Um homem de trato fino, conciliador, altruísta, vertical não comete tais actos. Um homem que não se inibe de andar no porta a porta a solicitar votos, não a mendigar votos, pois que não precisa disso, vale por si só. Tratar-se-á, decerto, de um exagero de linguagem.
Por outro lado, a lista do Manuel de Paiva, acusa a lista do José da Cruz Fernandes de ser constituída por pessoas que querem regressar como «salvadores da pátria», de se arrogarem a fazer uma «lista alternativa», com isso esquecendo «quem sempre liderou e que dedicou toda a sua vida em prol do desenvolvimento da instituição».
Que atrevimento! O Senhor Manuel de Paiva tem toda a razão para estar aborrecido. Então o homem sacrifica-se ao longo de 35 anos por uma instituição (note-se que não estamos a falar de uma empresa que vise dar-lhe lucros e proveitos próprios!) e querem tirá-lo de lá. Não há direito! O senhor Manuel de Paiva já adquiriu o lugar por usucapião, extensível a todos os que o acompanham.
Como ficarão as relações do José Duque e do Victor Figueiredo após as eleições? Será que, qual Alegre, o Duque vai formar um movimento à esquerda, com o apoio da sua aliada Fátima Pinho, o Senhor José da Rompecilha, eterno agradecido pelo preenchimento de um impresso de depósito bancário há mais de 20 anos e o Senhor Adalberto da Bandulha, a quem ensinou a requisitar um impresso para transferência bancária há cerca de 15 anos? Aguardemos.
Duas coisas são certas, este processo ainda vai dar que falar e, no final, alguém vai «levar pancada», independentemente do Santo Padroeiro da Misericórdia tirar a respectiva dor…
 
sexta-feira, dezembro 05, 2008
 
QUEM NÃO ESTÁ BEM, MUDA-SE…
O pluralismo, o direito a opinião contrária e outras tantas frases feitas sobre o mesmo assunto estão há muito implantadas em quase todos os partidos políticos.

Parece-me, contudo, que o direito à opinião contrária terá de terminar onde colidir com as imposições do partido em que somos eleitos. Não quero com isto defender a IVD (Interrupção Voluntária da Democracia), pois para isso temos a presidente do (ainda) maior partido da oposição.

O que me parece é que, quem quer colher benefícios por ser eleito numa lista de um determinado partido, tem de aceitar a disciplina de voto que lhe é imposta, com excepção para as matérias de consciência. Se não estiver para aí virado, seja por questões de interesses da mais variada espécie, seja por questões de mera teimosia, só tem uma de duas hipóteses: não integrar nenhuma lista do partido em causa, mantendo a militância, assim criticando com maior amplitude o que houver a criticar, sujeitando-se, em casos extremos, a um processo disciplinar; bater com a porta e, nas eleições seguintes, integrar uma lista de um partido com maior afinidade às ideias por si defendidas ou candidatar-se como independente, renunciando à militância.

Vem isto a propósito das (quase todas) intervenções do deputado eleito pelo Partido Socialista, Manuel Alegre. Vejamos alguns exemplos aleatórios:

  1. Manuel Alegre indignado e em desacordo com participação do Estado no plano de salvamento do BPP;
  2. Manuel Alegre admite não estar presente no congresso do PS;
  3. O Movimento Intervenção e Cidadania, fundado a partir da candidatura presidencial de Manuel Alegre, defende que as reformas da educação se caracterizam por um espírito autoritário e excessivo controlo de gestão;
  4. Manuel Alegre, referindo-se à política de avaliação de professores defendida pela Ministra da Educação, diz estar farto da lógica do quero, posso e mando;
  5. Na revista Ops, Manuel Alegre acusa o Ministério da Educação de governar para as estatísticas, sustentando que não se pode reformar a educação tapando os ouvidos aos protestos e às críticas;
  6. A propósito da aprovação do orçamento de Estado, Manuel Alegre refere que um país não pode estar de mal com as suas Forças Armadas.
  7. Manuel Alegre vota contra o Código do trabalho;
  8. Manuel Alegre abstém-se na votação da proposta do PS relativa à lei quadro de nacionalizações e ao pagamento de indemnizações a responsáveis condenados por práticas lesivas da empresa;
  9. Manuel Alegre vota ao lado do Bloco de Esquerda e dos Verdes a favor dos casamentos homossexuais, quebrando a disciplina de voto imposta pelo PS.

Bolas, isto não é ter opinião contrária, é ser-se do contra. Se assim é, rua. Porque será que ninguém tem coragem para retirar a confiança política a este senhor? Deixem-no ir a votos sozinho e logo se vê o peso que tem. E não me venham com o argumento dos resultados das presidenciais, porque tivesse o Partido Socialista apresentado um candidato vivo e aí se veria o peso deste senhor.

Mutatis mutandi, também nós temos alguns «Alegres» plantados no nosso concelho. Julgando-se donos e senhores de um elevado peso político (sem nenhuma espécie de correspondência com a realidade, porque nunca foram a votos sozinhos), arrogam-se a fazer o que lhes dá na real gana, contra tudo e contra todos e, sobretudo, contra os que contribuíram para o seu sustento durante vários anos. A maior parte, sem a política, nada seriam.

Sejamos honestos, tanto há Alegres no PS como no PSD local. Denominador comum nos dois partidos é, no entanto, a falta de coragem de ambas as estruturas locais em porem esses «Alegres» no lugar deles: na rua.

Vão a votos sozinhos, num movimento de independentes e mostrem o que vale. Numa coisa sejamos honestos, o Dr. Bandeira Pinho fê-lo e conseguiu o resultado que pretendia: a derrota do PS. Porque não o farão esses «Alegretes» que andam por aí? Mostrem o vosso peso na instância (não estância) própria, nos votos.

Fico a aguardar.

 
terça-feira, dezembro 02, 2008
 
VALE MAIS TARDE DO QUE NUNCA…

Há pessoas que, não obstante a sua competência e sentido de responsabilidade, vão vendo as portas do poder fecharem-se-lhes defronte dos seus olhos. Pessoas que, apesar de terem currículos impolutos, demonstrativos da maior seriedade e honestidade laboral e intelectual, vão vivendo à margem de favores políticos e de nomeações partidárias, entregando-se ao trabalho árduo e gratuito, dando mostras de grande altruísmo.

Temos várias pessoas assim em S. Pedro do Sul, mas hoje quero apenas falar-vos de uma, de seu nome José Carlos Oliveira Duque. Funcionário da Caixa Geral de Depósitos durante vários anos, onde deixou muitas saudades e amigos, de onde saiu sem a mais pequena mácula, vereador eleito pelo partido socialista por diversas vezes, O Zé Duque, como é tratado pelos amigos, é de facto um exemplo para todos os sampedrenses.

A sua longevidade política não é obra do acaso. Embora tenha já manifestado a sua intenção de deixar as lides políticas para se dedicar à família, foi sempre impedido pelos muitos militantes e amigos que lhe reconhecem as mais elevadas capacidades e faro político. Com muito sacrifício pessoal e familiar, foi-se mantendo no exercício das suas funções políticas, respeitando todos e sendo por todos respeitado, mesmo pelos seus adversários políticos.

Felizmente, outras pessoas fora de S. Pedro reconhecem o seu mérito, designadamente o Dr. José Junqueiro, que o convidou para desempenhar funções como efectivo na Comissão de Fiscalização Económica e Financeira da Federação de Viseu do Partido Socialista - http://www.psviseu.com/listas_fed.pdf . Um merecido reconhecimento, que só peca por tardio.

Com todas as suas qualidades descritas, que pecarão apenas por defeito, pois que outras há que não foram aqui referidas, estou certo que cumprirá com o habitual zelo e dedicação as funções de fiscalização económica e financeira da federação de Viseu do partido socialista. Afinal, é uma área com que está particularmente familiarizados, mercê das funções que exerceu na Caixa Geral de Depósitos.
 
S. Pedro do Sul, Viseu

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