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robindotelhado
sábado, julho 22, 2006
 

IMPORTA-SE DE REPETIR?

Esta a pergunta que devolvi ao meu interlocutor quando me relataram os pormenores da mais recente história de S. Pedro do Sul. Não acreditava no que tinha acabado de ouvir. Era mau de mais. Ilógico. Risível.

Por força da minha segunda profissão (jornalista), que mantenho com a do balneário da Empregalistur, levei a mão ao bolso e tracei um esquema para ver se percebia o que me haviam contado. Comecei por enumerar as seguintes premissas:

  1. Os corpos dirigentes dos Bombeiros Voluntário de S. Pedro do Sul são compostos por militantes e simpatizantes do PSD;
  2. O arquitecto fotógrafo, o comandante caveira, o cu forense, o professor fandango, a Mónica sapadora e por aí fora;
  3. O Tó Carlos e o Governador Civil foram convidados para um almoço de porco ou coisa que o valha daquela corporação;
  4. O arquitecto fotógrafo, num discurso inflamado, lembra promessas não cumpridas pelo governo socialista e aconselha os faltosos a terem vergonha;
  5. O Tó Carlos foi-se embora e fez a Câmara Municipal aprovar um pedido de desculpas ao Governador Civil;

Após um gin tónico – que bem que sabe com este calor todo – cheguei às seguintes conclusões:

A) Nunca permitir que uma corporação de bombeiros seja dirigida por um arquitecto e um construtor civil, coadjuvados por uma moçoila cujo maior atributo é aquele que está à vista quando somos ultrapassados por ela;

B) Quem não cumpre o que promete não deve aceitar convites daqueles a quem prometeu;

C) Quem vê promessas não cumpridas e feitas em época de caça ao voto deve aproveitar a oportunidade de estar à frente de quem as fez e chamar mentirosos aos seus autores, com as letras todas: MENTIROSOS;

D) Se a constatação da mentira tiver lugar perante uma corporação de bombeiros, deve apontar-se uma agulheta aos mentirosos em questão e abrir com a pressão máxima a água colhida junto dos tubos de saída das águas da Avilafões;

E) Quando um presidente da Câmara – mesmo que medíocre – eleito pelo PSD verifica que um governante socialista está a ser confrontado com promessas não cumpridas e a ser aconselhado a ter vergonha, deve, de imediato, fazer aprovar um voto de apoio pelos seus pares;

F) Tenham vergonha» é uma expressão para ser usada apenas a meia dúzia de colegiais cujas saias não tapam os respectivos joelhos;

Sem confirmar a veracidade da aprovação do pedido de desculpas por unanimidade por parte do executivo camarário – dúvidas legítimas, tendo em conta o autor da afirmação, que tantas vezes falta à verdade – e quando bebia o segundo gin, dei comigo a verificar que acabava de cometer o mesmo erro do bem intencionado arquitecto: estava a ser brando nas minhas conclusões.

Perdoar-me-ão, mas aqui há gato.
Se a direcção se demitiu em bloco não foi, de certeza, por apoio ao arquitecto. Será que era conveniente mandar o arquitecto fazer projectos e deixar a presidência da corporação livre para alguém mais do regime, do estilo de pôr-a-língua-de-fora-e-dizer-amén-a-todas-as-porras-eleitoralistas, assim como que um seguidor de evangelhos?

Interrogo-me sobre quantos dos membros demissionários irão integrar a nova equipa? Todos menos um arquitecto, pela mesma ordem, sendo aquele substituído por alguém cujo contrato a termo da Empregalistur está a caducar e, por isso, tem de aceitar?

O que leva um vereador sem pelouros da oposição a aprovar o pedido de desculpas? Terá tal facto a ver com a circunstância de ser dirigente na corporação rival e, por isso, querer lançar a confusão nos Bombeiros Voluntários?

O que levará a vereadora sem pelouros da oposição a embarcar na mesma linha de voto? Desconheceria, porventura, as verdadeiras intenções do seu colega e, por isso, foi no que ele lhe disse, votando às cegas?

Não sei (ainda) as respostas a estas questões, mas uma coisa vos digo: começo a ficar farto desta salada russa que para aqui vai: corporações rivais, governadores civis armados em donzelas feridas, o Tó Carlos armado em cavaleiro salvador, a oposição que o não é e por aí fora.

Para mim há só uma questão importante: a puta da ambulância e do auto-tanque já chegaram ou não? Se não chegaram, meu caro Tó, vê se pões cada um dos teus escudeiros a escrever uma carta por dia ao senhor governador civil para ele os fazer chegar rápido. É que os fogos estão aí e eu não quero ver outra vez Sul a arder. Ah pois é!

Que cambada do caraças. E pronto, mais um gin tónico à pala da minha indignação.

PS: Para os mais atentos, este foi o 100º post deste blogue local. Como é evidente, não era este o texto que a ocasião merecia, mas enfim, pode ser que a nova direcção dos Bombeiros Voluntários dê o meu nome à nova ambulância. Ficava bem, não era, com uma seta esvoaçante por baixo...

 
quarta-feira, julho 12, 2006
 
PELA BOCA MORRE O PEIXE

Para ficarmos cientes da desgraça que temos na gestão das Termas de S. Pedro do Sul, decidi transcrever um extracto da acta de reunião da Câmara Municipal que teve lugar no dia 12 de Junho de 2006:

«De seguida a Vereadora Drª Fátima Pinho referiu que as Termas têm um problema de estacionamento, e perguntou se já existia alguma possível solução para o mesmo. O Vereador Prof. Adriano Azevedo esclareceu que uma das soluções era criar uma área de estacionamento na zona da Lameira, dependendo do Plano Director Municipal. O Sr. Presidente informou que era uma situação que estava a ser resolvida, uma vez que se encontrava em negociações com o Presidente do Inatel, para ver da possibilidade de os funcionários da Termalistur poderem estacionar na sua propriedade, libertando assim muitos estacionamentos para os utentes».

Deste texto podemos tirar, pelo menos, três conclusões:
1ª - A conclusão óbvia: as Termas têm um problema de estacionamento. Pois, basta lá pôr os cascos para nos apercebermos disso.
- A conclusão estapafúrdia: criar uma área de estacionamento na Lameira. Bem, porque não fazê-lo no Candal? É igualmente longe e não chateava tanto.
- A conclusão brilhante: pôr a rapaziada da Termalistur a estacionar nos terrenos da Inatel. Muito bem, muito bem. Ao jeito dos deputados carneiros que povoam a nossa Assembleia da República, eram estas as palavras que teria de apoio ao nosso magnânimo Tó. Com esta solução revela-nos três coisas:
a) está teso (o município que lidera, bem entendido);
b) resolve os problemas à custa dos outros (desta vez calhou a sorte à Inatel; que azar o grupo Jerónimo Martins não querer abrir um Pingo Doce nas Termas, senão lá íamos ter um parque de estacionamento subaquático ou coisa que o valha);
c) reconhece que a Termalistur tem, de facto, muita a gente lá a trabalhar, desculpem, lá empregada. Tanta que, para resolver os problemas de estacionamento das Termas, tem de pôr os funcionários a estacionar fora da via pública.
Fantástico, não acham?
Meu caro Tó, não lhe querendo roubar o protagonismo pelas suas ideias peregrinas, permita-me que lhe avance com duas sugestões em ordem a resolver os problemas de estacionamento com que se debate:
Uma sugestão com efeitos directos, menos popular: imponha a regra do numerus clausus nos aquistas das Termas. Só as podem frequentar 1.000 aquistas por ano, repartidos pelos 12 meses.
Uma sugestão com efeitos mediatos, mais popular, desde que precedida por um discurso populista, de aplo à repartição dos sacrifícios por todos e por aí fora: aumentar ainda mais os preços da Termalistur para correr com aquela espécie de gente horrorosa que come melão e estaciona os seus Fiat Punto em tudo quanto é lado.
Num caso, como no outro, vai ver que resolve o problema sem ter de aborrecer o Presidente da Inatel, o qual, porventura, terá coisas mais importantes para fazer do que ter de levar com os funcionários da Termalistur.
 
terça-feira, julho 11, 2006
 
QUANTO MAIS, MELHOR...
Salvo casos raros, quiçá inexistentes, toda a gente quer mais.
Mais tempo, mais dinheiro, mais altura, mais acções, mais possibilidades, mais mandatos, mais tachos, mais amigos, mais gajas, mais férias, enfim, mais de tudo.

Imaginando que os nossos desejos e os dos outros se representam num bolo, queremos que a nossa fatia seja maior do que as dos outros. Então se tiver uma cerejinha mesmo em cima da nossa fatia é uma encanto!
Toda esta introdução a propósito de uma cena a que assisti hoje quando atravessava um corredor da casa branca.
Com passos firmes e determinados, cruzei-me com o Tó, ladeado pelo mordomo e o seu mais destacado pregador (não de pregos, mas de evangelhos). Transpiravam e resplandeciam felicidade. Um deleite para que vislumbrava aquele espectáculo.

Fiquei curioso. Qual o motivo de tanta felicidade? Num momento em que as habituais promessas daquela equipa já conheceram melhores dias, não alcancei de imediato o que poderia estar por detrás de lhes ver as dentaduras a sorrir.
Foi então que vi a notícia neste link:
http://www.tsf.pt/online/economia/interior.asp?id_artigo=TSF172242
Estava explicado. O nosso autarca e acompanhantes estavam orgulhosos com o desempenho. Eram responsáveis por uma larga fatia do bolo constituído pela dívida dos municípios. Pelo menos nisso eram mais do que a maioria dos municípios portugueses. Tinham uma maior percentagem.Eram mais gastadores, mais devedores. Entretanto afastei-me, mas ainda tive oportunidade de ouvir o mordomo a dizer ao Tó e ao Pregador: por mim a fatia marcha já com um Sumol no Tropical, vamos comemorar. E foram...
 
quinta-feira, julho 06, 2006
 
A LISTA DE ....

Por força de uma corrente norte-americana, plasmada num conjunto de séries feministas, do estilo «Donas de Casa Desesperadas» e «O Sexo e a Cidade», criou-se o terrível hábito das pessoas se organizarem através de listas.
Há listas para tudo. Listas de ex-namoradas, de futuros governantes dos tachos do PSD (que sonham em voltar a ser governo!!!), de compras, de marcas de fio dental, de dívidas a fornecedores, etc..

Enfim, uma mania da organização acerrimamente defendida por pessoas desorganizadas. Uma vez mais, SPS não quer ficar atrás destes hábitos urbanos.
Há uma semana, quando saía de mais uma reunião com o 23º funcionário camarário da secção das obras particulares, que me havia intimado a comparecer devido ao facto do tipo de letra por mim utilizado no requerimento do modelo 235 (destinado a obter autorização para um autoclismo de mecanismo de dupla recarga) ser o «Arial» e não o «Times New Roman», facto que, informou-me, violava o 493º regulamento camarário do Bangelista, deparei com um papel no chão, junto aos claustros dos paços do concelho.

O título desta lista, que não se encontrava assinada, era o seguinte: «OBJECTOS A NÃO ESQUECER QUANDO O TRIBUNAL DE CONTAS ME ENTALAR».

- Um volume de cigarros (a minha falta de vontade vem de longe);
- Uma caixa de preservativos com sabor a morango (já chega de filhos e o furgão está a ficar curto);
- Um Código Civil (para aprender aquilo que nunca soube e para começar a trabalhar);
- Um terço (expiação dos pecados que pratiquei desde que nasci politicamente);
- Um BMW miniatura (uma tara à custa do Zé Povinho);
- Um kit de alvo com a foto do Adrianus com sete setas (para me vingar de quem me lixou);
- Um DVD do filme «Quem Tramou o Roger Rabbit?» (uma espécie de auto-biografia);
- Um conjunto de 1.000 boletins municipais em branco (a vontade de continuar a imprimir e divulgar inverdades à custa dos outros);
- Um exemplar da Lei 91/2001 de 20 de Agosto – Finanças Locais (para a próxima não me fodem);
- Um bidão de lata de 1.000 litros (a culpa não foi minha, mas do Vitorino);

PS: Caso esta lista se extravie, é favor devolvê-la ao MALEDICENTE (Maior Aldrabão, Linguarudo E Defecador de Inverdades do Concelho E Nascido Trás da Encosta).


Após aturada e cuidados análise a esta lista, que logo colhi, não fosse o 489º fiscal apanhá-la e lavrar o 378º auto de contra-ordenação do mês em curso, concluí estar bem pensada, demonstrando alguma maturação, preocupação com o futuro e, sobretudo, um sincero e profundo sentimento de arrependimento cristão.
Estaria tudo bem, não fosse eu ser um desmesurado perfeccionista e, como tal, verificar a falta de um chicote de três pontas para as sessões diárias de auto-flagelação. Zplás, zplás!
 
terça-feira, julho 04, 2006
 
EXERCÍCIO DE REFLEXÃO I

Lancei-me num exercício de reflexão e rapidez. Escrever em 30 segundos as dúvidas que me bombardeiam neste momento. As que, nesse período, me surgiram foram as seguintes:

1. O José Cid cantou a música do macaco com a banana?
2. O Evangelista segundo Tó Carlos dançou-a? Se sim, com quem?
3. O Tó Carlos bebe água da torneira do Hotel do Parque quando vai visitar o seu sponsor e comproprietário?
4. O Tó Carlos e o seu séquito pagaram bilhete para entrar nas festas da vila?
5. O Mordomo vai ser substituído pelo Caricas nas elevadas funções de assessor?
6. É com esse desejo que o Caicas deixa uma mensagem quase que subliminar, do estilo, atenção às contas senão ponho a boca no trombone: http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=278628 ?
7. O Adriano vai sair da CM de fininho e assumir a Junta de Turismo, agora que se sabe que já não vão ser extintas?
8. O Tó Carlos vai ganhar vergonha na cara e manter o número de vereadores ou vai fazer subir a que se segue?
9. Poderá a menina do cu forense vir a assumir a vereação?
10. Se o fizer conseguirá superar as prestações parlamentares da Cicciolina?

No próximo exercício deste género que fizer, vou escrever a lista dos próximos candidatos laranjas para a CM, ok?

 
sábado, julho 01, 2006
 
AS DIFICULDADES DA BEATRIZ

A propósito do Mundial de Futebol, o nosso ex-Presidente da República, apareceu na Alemanha envergando um boné estilo George Bush, apregoando a tudo e a todos que estava contente por regressar à vida civil. Dizia, embevecido, que tinha demorado duas horas a sair do estádio e que até tinha comido um hamburger no Macdonald’s.
Ao ouvir estas palavras, dei comigo a lacrimejar. Tinha no ecrã do meu plasma um homem com «O» grande, como disse um qualquer jogador do esférico. Dei por bem empregues os dias da sua eleição, em que fiquei em casa a comer tiras de milho e a beber umas Heineken.
Desconheço o que terá passado por aquela carapinha ruiva para nos brindar com tamanhas confidências, mas não consigo vislumbrar nada de extraordinário, a não ser que o hamburger fosse de minhocas.

Não perderei, porém, mais um minuto sequer a falar deste senhor mimado e educado em colégios ingleses. Prefiro falar na nossa Beatriz local e antever o seu futuro, no dia (breve) em que regressar à vida civil.

Vejo-a a pegar no seu furgão de dimensões avantajadas e a vir tomar o seu café à vila, já reformado, evidente, ou pensavam que se ia estrear a trabalhar? Primeira dificuldade, como e onde estacionar a viatura, agora que o parque privado acabou. Dilema da consciência que, miraculosamente, passou a ter: «devia ter mesmo feito uma merda de um parque de estacionamento». Resolução do problema: «na próxima assembleia municipal sento-me ao lado do Salazar e exijo um estacionamento».

Segunda dificuldade, encontrar um depósito de lixo que aceite recepcionar as gravatas com sarampo. Após alguns kms percorridos, não muitos, porque agora o gasóleo sai do bolso, o furgão gasta mais do que o BMW e agora os euros saem-lhe do bolso. Resolução do problema: meter uma cunha à empresa avícola do Trouce para desfazer as gravatas e as mandar rio abaixo, directamente para a zona das poldras do Vouga.

Terceira dificuldade, fazer compras no Pingo Doce. Habituada a pagar tudo com prazos a perder de vista, a nossa Beatriz irá ter dificuldades em fazer com o cidadão comum e ter de pagar na hora. Resolução do problema: cobrar o favor do tacho arranjado ao mordomo e mandá-lo lá a ele.

Quarta dificuldade: falar sem mentir. Deixada a política, a Beatriz vê ser-lhe retirado o privilégio de poder dizer tudo o que lhe atravessasse a mente, por mais falso e descabido que fosse. Resolução do problema: faz um voto de silêncio e recolhe-se para uma cela do Convento de S. Cristóvão, não mais sendo visto.
Ai Betariz, Beatriz, se soubesses como ia ser duro o regresso não tinhas feito tantos disparates e talvez ainda hoje lá estivesses, não era?
 
S. Pedro do Sul, Viseu

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