AS TERMAS DAS CELEBRIDADES
A parceria rei pasteleiro – Bivalve não pára de nos surpreender. Queira Deus Nosso Senhor que assim continue. Deixai-os brilhar por tão profícua imaginação.
O mote foi dado pelo senador megalómano. Aquele que – não se sabe a que horas, nem onde, nem em que estado – resolveu estabelecer um paralelismo entre as Termas de S. Pedro do Sul e as Vichy. Sim, Vichy, a capital mundial do termalismo. Não se riam. Isto é sério. Um dia deste ainda o vemos a defender que S. Pedro do Sul deve ser a sede da Comissão Europeia. Há já quem diga que os contactos com o Cherne já começaram. O Hotel do Jardim oferece o espaço e o Litlle Mouse as refeições. Querem mais?
Enfim. Assumindo a premissa do paralelismo como verdadeira, o dito senador reuniu o estado menor do seu staff e estabeleceu o seu objectivo: pôr as Termas nas bocas do país, quiçá do mundo. Os meios para o atingir ficaram a cargo da valorosa dupla conselheira.
Antes que o pasteleiro esboçasse sequer uma ideia, o intelecto do bivalve já tinha o projecto completo, aprovado pelos 789 técnicos do executivo e visado pelos senadores competentes.
As Termas das Celebridades, disse. É o que nos falta, sentenciou. Com as audiências da TVI a subirem à custa da Quinta das Celebridades, era só copiar o conceito e adaptá-lo ao ainda mais triste cenário local. Os aquistas de Vichy haveriam de ter valentes ataques de reumatismo e figadeira pela inveja de não poderem contar com um tão bom programa.
Qual receita culinária, avançou o bivalve com os ingredientes com que o programa haveria de ser cozinhado e de nos cozinhar a todos. Inveja, má língua, actividade sexual em força, má gestão do orçamento, ambivalência e indecisão, longos e aborrecidos Estes seriam os ingredientes que haveriam de condimentar os concorrentes.
Cenário: balneário defronte ao rio, para o público pudesse ver o seu interior.
Concorrentes. Aqui é que a porca torceu o rabo.
Tinham que ser celebridades, ainda que locais.
Tinham que obedecer aos critérios supra referidos. A cada concorrente haveria de corresponder um ingrediente.
Pensaram, pensaram, pensaram, até não mais poderem.
Para aliviarem a pressão, beberam, beberam – água, claro está - até não mais poder.
Não conseguiam encontrar ninguém à altura.
De repente, chegou o Henriquinho, visionador de blogues assíduo. Inteirando-se dos problemas dos seus colegas de tacho sugeriu: «Se não vêem ninguém que se encaixe em tão apertados requisitos, contactem o cénico e treinem meia dúzia de actores para o efeito. Assim matamos dois coelhos com um só tiro. Calamos os comunas com um valente subsídio para a peça e ficamos com um elenco de luxo. Para lhes facilitar o trabalho, peguem nas personagens fictícias do blogue do Robin e digam-lhes que as aproveitem. Estão lá os ingredientes todos.»
Que boa ideia deu o Henriquinho. Foi aceite por todos, inclusive pelo vereador megalómano, que, rejubilando pelo meio de sonoras gargalhadas, afirmou: «ainda para mais as personagens desse blogue são tão impossíveis que ninguém vai parar de rir pelo absurdo do enredo».
E por ali se ficaram, sem, contudo, fazer a correspondência das personagens aos ingredientes.
Para ao ajudarmos em tão importante tarefa – afinal trata-se de equipararmos as nossas termas às de Vichy – peço-vos encarecidamente que deixem as vossas sugestões de correspondência nos comentários do blogue.
O vosso Robin encarregar-se-á de as entregar ao Cénico. Sim, o Robin cumpre as suas promessas!