DODOT
Não. Não é um patrocínio deste blogue. Quem iria patrocinar um blogue que ninguém lê e sem interesse nenhum, excepção feita ao seu autor, que ainda vai tirando alguma satisfação pessoal pelos desabafos que faz? Ninguém.
Dodot por ser uma conhecida marca de fraldas, entre outros produtos que comercializam.
Dodot por serem as mais absorventes.
Dodot por serem as mais ergonómicas e, por isso, não deixarem passar a urina.
Dodot por serem as mais fáceis de colocar.
Dodot porque tem uma gama ampla que abrange todos os tamanhos e pesos.
Sim, sim, também as há para pessoas com quase um metro e noventa. Também estes gigantes têm direito a borrar a cueca e, como tal, a deixar de as usar, substituindo-as pelas Dodot.
Falo-vos da Dodot porque constou-me que a CM vai abrir um concurso para fornecimento de fraldas para adulto desta marca.
Porque não gosto de boatos, rumores e falsidades, perguntei se tal medida se destinava à acção social da dita CM, porventura para que os adultos do concelho pudessem suportar as suas escorrências com mais dignidade. Disseram-me que não.
Indaguei se era para acautelar e, de certa forma, antecipar o regresso do MIJA. Também mo negaram, dizendo que a Dodot, após consulta, tinha informado que ainda não faziam fraldas que absorvessem vinho. Não percebi a resposta, mas verifiquei que também não era esse o objectivo.
Após alguma insistência e uns penalties no Tropical, lá consegui arrancar a informação. Com a língua mais solta que um badalo, não sei dos penalties entretanto sorvidos, se do tema, lá consegui a resposta. Consumo interno. Para o topo.
Estranhei, sinceramente. Nunca tinha visto ninguém que aparentasse andar com, a cueca borrada. Pelo menos nunca senti um cheiro condicente. Justificaram-me tal facto com a mudança de cuecas de hora a hora.
Para evitar tantas idas ao WC, que já começavam a levantar suspeitas junto dos 10294 colaboradores, resolveram então recorrer à Dodot como medida urgente para pôr fim à saída de tanta merda. É que já cheirava mal!
Como uma coisa leva à outra, quis saber a razão de tanta preocupação. Convenhamos, homens a borrar cuecas não é coisa habitual. Teria de existir um motivo.
Novas sondagens. As laranjas estavam em queda. Confiantes nos 85% iniciais, relaxaram e andaram a cantar de galo por tudo quanto era tasco. As mais recentes já davam as rosas muito próximas. À distância de um espinho, tanto quanto sei. Um diferença pequena, portanto.
Como se tal não bastasse, algum informador mais desatento resolveu dizer que uma laranja jotinha tinha estado a almoçar com os chefes das rosas e um intermedário de identidade desconhecida. Caganeira generalizada. Doze pares de cuecas compradas num repente e 33 Ultra-levur tomados de uma só vez.
O colapso total. Reuniões de emergência. Notícias de 1ª página com fotos desfocadas, não vá a moça tornar-se reconhecida na rua e começar a ser apoiada publicamente. O Silva a comentar com o Borges. O Borges a tramelar com o Fandinga. O Fandinga a segredar ao Henriquinho. O Henriquinho a levar e trazer tudo ao Big Boss. O Matos parece que esteve ausente, perdido num qualquer gabinete, não de amores, claro está, mas de trabalho. O imperador numa prece, pedindo aos papas, falecido e empossado, que o ajudassem a varrer toda aquela gente dali para fora.
Ao mesmo tempo, surgiam confirmações e desmentidos de ambos os lados. Os Ubus saíam de informação nas mandíbulas para todo o lado.
O mais importante. Sem ninguém chegar a conclusão alguma, não fosse essa a intenção dos autores da notícia, as fraldas acumulavam-se. O Ecocentro não as recebia, tal a merda que traziam impregnada. «Botem-nas ao rio», sugeriu o bivalve. Com o projecto de limpeza que vamos aprovar isso limpa-se tudo.
Usem e abusem das fraldas. Sujem-nas de mijoca amarela ou diarreia esverdeada. No que toca à minha parte, fico-me pelas toalhitas da Dodot, que também as tem. Preciso delas para limpar as lágrimas que me escorrem desenfreadamente da alma. Que triste concelho este. Um total e imenso deserto de ideias. Boatos e ataques pessoais. Que grande merda aqui vai.