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robindotelhado
domingo, dezembro 04, 2005
 
TÓ CARLOS – O FAZEDOR DE ARMAÇÕES

Par de cornos. Grandes armações. Nem consegue passar na porta. Tem que entrar de lado. Coitadinho (a). Até dá para lá montar um estendal.

Eis um conjunto de expressões que ninguém gosta de ouvir. Os (as) que os têm não gostam que os (as) lembrem. Os (as) que os não têm nem querem ouvir falar disso, não vão ser bafejados com tamanho azar.

Vejo, através dos pixeis do meu ecrã, vários pares de olhos arregalados. Exultantes, ansiosos, aguardam comece uma revelação sampederense sobre quem os teve, quem os tem ou vai ter. Qualquer coisa do género «sob a farta cabeleira que ostentava orgulhosamente irrompeu, súbita e inesperadamente, um valente par de cornos, armados firmemente, como uma barra de ferro».
Não, não, não. Em relação a este tipo de armações não vou eu falar. Respeito muito a sociedade sampederense e, como tal, não quero roubar um dos temas favoritos de café. Sobre que iriam falar nos cafés e cabeleireiros se eu roubasse o substrato dos substratos, o tema dos temas, o centro de tudo? De turistas de casca de melão não era de certeza.

Porque se trata de um assunto sensível, convém limitar o seu âmbito. Caracterizar as armações de que quero falar é um imperativo, sob pena de começarmos todos a ir ao espelho ver se a nossa altura não sofreu nenhum aumento.

As ditas armações são colectivas, porque não excluem ninguém. Todos as têm.
São involuntárias. Queiram ou não, gostem ou não, todos as têm.
São geograficamente localizadas, não ultrapassando os limites do nosso concelho. Basta votar cá para se receberem, automática e imediatamente.
São temporárias, porque duram enquanto durar o ciclo político em que nos metemos – aqui falo no plural por uma questão de solidariedade com a maioria, já que fui um dos votos do contra.

Feita a caracterização objectiva, passemos para o plano subjectivo. Quem nos pôs as armações, pergunto eu? Nesta altura do campeonato, em que decorreram já algumas jornadas, a resposta é fácil. Quem poderia ser, senão o nosso grande presidente, o nosso Tó Carlos, o nosso BMW man, o homem que não gosta das cascas de melão!?
Para os más-línguas que diziam que ele não sabia fazer nada que não fosse a política, eis a prova do contrário. Soube enganar-nos e bem.
Um verdadeiro perito em fazer armações, que nos colocou a todos a partir do momento em que votámos nele e nele acreditámos – mais uma vez a ressalva: só por solidariedade falo em nome da maioria.

Alguém se lembra da promessa do novo estádio para o início da época? Alguém ouviu falar do teatro para Dezembro do ano em curso? Alguém ouviu falar do imediato arranque do Centro de Saúde?

Ouviram, não ouviram? Eu ouvi e mais, li.
Dezembro está aí, ó início da época de futebol já lá vai e o carácter imediato do Centro de Saúde já prescreveu. As obras? Nem vê-las. Pois é, toca a tirar o indicador para fora e coçar a armação. Já está?

Acalmem-se. Nem tudo são más notícias. É Natal e o nosso Tó sabe disso. Quis-me roubar o protagonismo. Não quis dar-me o exclusivo de Pai Natal Robin e enfiar essa veste. Não acreditam? Sigam as minhas instruções.

Vão até ao Bairro da Ponte, contornem o S. Pedro – cuidado para não subirem ao passeio na inversão de marcha – e voltem para a vila. Quando estiverem em frente ao novo cartão de visita da sede do concelho, o que substituiu a casa cuja frontaria reflectia nas águas do Rio Sul – estou a falar do Lidl – olhem para a esquerda. Num cartaz que lá jaze, cheio de musgo que lá se foi acumulando com o passar dos meses – se disser anos acho que não estou a mentir – verão uns dizeres que referem qualquer coisa como isto: «futuro Centro de Saúde».

Procurem-no. Indaguem se o Centro de Saúde é subterrâneo. Escavem, escavem e escavem. Se não o encontrarem, procurem atrás de todas as árvores e arbustos.

Se não o encontrarem, estão lixados. Melhor dizendo, estão armados. Verão que debaixo do vosso guarda chuva – está mesmo um tempo de merda – quase a roçar as varetas, estão umas armações que fariam corar de inveja o mais belo exemplar de veado. Sim, sim, foram enganados.

Era esta a boa notícia que eu tinha ameaçado. Não! Tenham calma. As instruções ainda não acabaram. Continuem o vosso caminho e vão subindo em direcção à praça de táxis. Na parte lateral dos Bombeiros de Salvação Pública está, em letras grandes e gordas, para que ninguém as deixe de ver, a boa notícia: «Armações a metade do preço».

Obrigado Tó Carlos. Eu sabia que, apesar de todo, não nos ias desiludir. Já que estados todos lixados, armados, ao menos que só tenhamos de pagar metade da factura. Reduz os vereadores a metade, vai-te embora a meio do mandato e deixa lá o Adriano para ver se esta merda anda para a frente.

Eu, por mim, vou-me embora p'rá Bustarenga que não estou para andar mais armado em parvo. Au revoir.
 
Comments:
Reduzir os vereadores a metade? Como? Serrando-os?
 
Como aquilo é só ódiozinhos uns com os outros, metiamos os gajos numa máquina de lavar e com uma cajadada matavamos dois coelhos. Os gajos lavavam a roupa suja e com sorte podia ser que encolhessem. As barbas do professor Rogeladen é que são um problema. Que se &&%&%, cortam-se antes de meter o gajo lá dentro.
 
www.amigosadafa.com
 
Fds, não brinquem mais c'o esta merda.

Vejam o post no "caricas: "COMPETÊNCIA SAI CARA"
 
Entre armações baratas e competência cara, prefiro pagar mais. A qualidade tem um preço, não é verdade? Prefiro pagar 500,00 e ao Eng. do que 2.500,00 € ao professor de música!
 
eu dou-lhe 5 cêntimos pró gajo cortar a barba. Dentro do BMW novo até é pecado. mais não que não merece.
 
Não é que tenha a ver com o comentário anterior, mas tenho uma carroça à venda baratinha. Não tenho é bois para a puchar. Se soubererm de algum é favor contactar o telefone 966969696
 
Já experimentaste puxa-la tu, com o barbas?
 
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S. Pedro do Sul, Viseu

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