O COMPUTADOR DO SILVAEu ainda sou do tempo em que...
Frase fantástica para começar uma conversa, não acham?
Há logo alguém que se apressará a dizer «Eh, não exageres, não és assim tão velho». Ou então, «lembras-te o caraças, nem a tua avó, quanto mais tu».
Pois é, eu ainda sou do tempo em que as pedras dos caminhos de Negrelos se tingiam da bosta amarela deixada cair pelas torinas que por lá passavam.
Era fantástico, ver os Silvas a pular de um lado para o outro, evitando os montes de bosta e as salpicadelas com bocados de milho ainda por desfazer. O calor que emanava dos dejectos, deixando uma névoa.
Isso sim, era uma paisagem campestre, bucólica mesmo.
Mas o Silvinha não podia ficar parado.
Por forma a pôr fim às infundadas acusações de utilizar o computador do tribunal, lá convenceu os seus conterrâneos a vender as vacas e a comprarem-lhe um computador.
Para não dar muito nas vistas colocou-o num café.
Um cyber-café em Negrelos!? Só o Silva seria capaz de um feito semelhante!
Os meus parabéns, Senhor Silva. Com esse andamento ainda chega a colega do Caricas. Quem ficará a ganhar é o presidente da Junta de S. Martinho das Moitas. Em vez de um, passará a ter dois assessores.
Vá lá Silvinha. Não leve a mal nem me desafie para me bater que eu fujo. Estou só a brinar consigo. Não faça queixa de mim por favor. Já sabe que tenho de lembrar a blogosfera que o senhor ainda está entre nós, que ainda não emigrou para nenhuma república do Báltico.
Um abraço do seu antigo camarada e actual admirador.