QUANTO MAIS, MELHOR...
Salvo casos raros, quiçá inexistentes, toda a gente quer mais.
Mais tempo, mais dinheiro, mais altura, mais acções, mais possibilidades, mais mandatos, mais tachos, mais amigos, mais gajas, mais férias, enfim, mais de tudo.
Imaginando que os nossos desejos e os dos outros se representam num bolo, queremos que a nossa fatia seja maior do que as dos outros. Então se tiver uma cerejinha mesmo em cima da nossa fatia é uma encanto!
Toda esta introdução a propósito de uma cena a que assisti hoje quando atravessava um corredor da casa branca.
Com passos firmes e determinados, cruzei-me com o Tó, ladeado pelo mordomo e o seu mais destacado pregador (não de pregos, mas de evangelhos). Transpiravam e resplandeciam felicidade. Um deleite para que vislumbrava aquele espectáculo.
Fiquei curioso. Qual o motivo de tanta felicidade? Num momento em que as habituais promessas daquela equipa já conheceram melhores dias, não alcancei de imediato o que poderia estar por detrás de lhes ver as dentaduras a sorrir.
Foi então que vi a notícia neste link:
http://www.tsf.pt/online/economia/interior.asp?id_artigo=TSF172242Estava explicado. O nosso autarca e acompanhantes estavam orgulhosos com o desempenho. Eram responsáveis por uma larga fatia do bolo constituído pela dívida dos municípios. Pelo menos nisso eram mais do que a maioria dos municípios portugueses. Tinham uma maior percentagem.Eram mais gastadores, mais devedores. Entretanto afastei-me, mas ainda tive oportunidade de ouvir o mordomo a dizer ao Tó e ao Pregador: por mim a fatia marcha já com um Sumol no Tropical, vamos comemorar. E foram...