A GALINHA DA VIZINHA...Não gosto de carnes brancas, muito menos de galinha. Tenho asco de comer a carne daqueles animais de patas enrugadas e pescoço desnudado que andam sempre com o bico no meio daquela mistura castanha de lama com fezes.
Respeito, porém, as evidências e sei reconhecer uma boa galinha quando vejo uma. Não falo só da qualidade da carne, de ser mais ou menos dura, mais ou menos gorda, mais ou menos fibrosa, mais ou menos suculenta.
Refiro-me essencialmente à atitude da galinha. Admiro uma galinha que mande no seu galinheiro, que, de asas abertas e bico apontado às demais, dispare na direcção das que querem atacar os seus ovos ou pintos. São galinhas determinadas e que zelam por aquilo que é seu.
Enfim, as galinhas são como nós. Umas têm atitude e vão sobrevivendo no galinheiro. Outras, mais desajeitadas, só servem para ser comidas.
Tudo isto a propósito da atitude do autarca vizinho, que, com menos recursos, lá vai fazendo o que pode para defender os que o elegeram, criando
novas zonas industriais, que chamam novas empresas e mais trabalho (segundo o nosso Tó, em plena campanha eleitoral, os modelos das zonas industriais estavam esgotados!!!), reclamando
novos acessos às principais vias, em suma, fazendo aquilo para que foi eleito.
Mantendo a situação numa perspectiva zoológica, os cães ladram e a caravana passa!
http://jn.sapo.pt/2006/10/27/centro/camara_reclama_obras_piddac.htmlhttp://jn.sapo.pt/2006/10/27/centro/zona_industrial_a_criar_queira.html