Este conceito serve-me de ponto de partida para mais um exemplo da prática estar desenraizada, afastada e em oposição da teoria.
É um daqueles conceitos chave de qualquer cidadão que se preze e que, naturalmente, assume maior importância e relevo quando imputada a um político.
Resumidamente, consiste no cumprimento de um conjunto de deveres e obrigações dos cidadãos para com a sociedade em geral.
Dir-me-ão que vem perdendo o seu sentido, tantas as vezes em que é usado e abusado.
Quero, porém, fazer utilizá-lo para ponto de partida deste post: a Dra. Fátima Pinho não tem responsabilidade social, pelo menos na sua componente política. Nas demais componentes, como nesta, não lhe conheço posições. Mea culpa, bem sei, mas a minha paciência para textos sem consistência há muito que se esvaiu.
Não tem responsabilidade social porque, perante as sucessivas recusas das pessoas contactadas pelo partido socialista para serem candidatos nas próximas eleições autárquicas, não assume os resultados da sua má gestão política nos quatro anos em que (não) foi oposição e não avança como candidata.
É claro que o Dr. Manuel Moreira seria muitíssimo melhor candidato à Câmara Municipal do que a Dra. Fátima Pinho.
É evidente que o Dr. Pedro Bandeira Pinho seria muitíssimo melhor candidato à Câmara Municipal do que a Dra. Fátima Pinho.
É óbvio que o Dr. Rui Barros seria muitíssimo melhor candidato à Câmara Municipal do que a Dra. Fátima Pinho.
É certo que o Dr. Manuel Bandeira Pinho seria muitíssimo melhor candidato à Câmara Municipal do que a Dra. Fátima Pinho.
No entanto, como pessoas inteligentes que todos são, não estão dispostos a ir a votos por um partido que praticamente nada fez durante os últimos anos no que respeita à oposição no âmbito da Câmara Municipal (felizmente na Assembleia Municipal os factos são outros, embora possam ser substancialmente melhorados com a devolução à procedência de alguns estrangeirados que por lá passaram). E ninguém os pode criticar por isso, afinal quem gosta de suceder à inacção e à opacidade das ideias?
Segue pois um repto à Dra. Fátima Pinho: seja candidata como cabeça de lista à Câmara Municipal e assuma a responsabilidade social que tem para com todos os sampedrenses que em si votaram ou então siga caminho para a capital do país ou do distrito, onde, por certo, poderá fazer valer o facto de ter nascido mulher, quiçá integrando uma qualquer outra lista onde faltem pessoas do sexo feminino, assim contribuindo para o cumprimento da chamada «lei das quotas».