YES, WE CAN(!??)
É sempre assim. Uma frase que vem do nada e que fica nos ouvidos, livros, discursos e páginas de todos os jornais.
Começa a andar nas bocas de todos, mais ou menos adulterada. Ganha contornos de uma quase infalibilidade que me causa calafrios. Todos os que a repetem, vezes e vezes sem conta, ficam como que endeusados, certos do efeito que causam ao proferi-la.
Que isto se passe no país dos hambúrgueres, ainda aceito. Que se diga em termos nacionais, também. Agora, em S. Pedro do Sul. Jamais.
A atmosfera negativista que nos rodeia, soprada pelo Tó Carlos e seus acólitos, não nos permite partilhar o optimismo obamizante da frase. Mesmo que, como eles, revistamos e embrulhemos a triste e dura realidade em que o concelho se encontra com aldrabices travestidas de sucesso, é tudo mau demais para continuarmos com este estado de coisas.
Por tudo isto, sugiro se altere a frase para
«No, we can’t». Não, nós não podemos.
Não podemos permitir que a incompetência continue a reinar no município.
Não podemos aceitar sermos liderados por um novo-reformado sem ideias.
Não podemos continuar de olhos fechados e/ou a assobiar para o lado, enquanto são delapidadas as receitas do futuro.
Não podemos deixar que nos conspurquem a galinha dos ovos de ouro (os balneários) com uma gestão sem competência, casuística e desLeal com os interesses comuns.
Não podemos continuar a ter um presidente que usa gravatas verde escaravelho.
Não podemos mergulhar mais no meio dos dejectos (sim, dejectos) que flutuam no rio Vouga.
Não podemos permitir mais a existência de um vereador com um pelouro da noite e dos copos (muitos) que lhe estão associados.
No, we can’t.