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robindotelhado
segunda-feira, junho 20, 2005
 
O VERÃO E AS FESTAS DA VILA

Há muito que aprecio a diversidade das associações de ideias que cada um de nós faz em relação à mesma coisa.

Em relação ao Verão, dizia-me um amigo meu alfacinha que a primeira coisa que lhe vem à cabeça é a Costa (praia da). Gente a perder de vista, o sovaco do vizinho dentro do nosso nariz, matilhas de criancinhas histéricas de baldes na mão a pingarem água e areia molhada para cima dos muito exemplares da Bola e 24 Horas, avôzinhos barrigudos a construir castelos de areia, Tuperwares a transbordar de arroz de ervilhas, Fiat Punto GTI V6 Kompressor de suspensão rebaixada estacionados em qualquer milímetro de espaço... Enfim, uma imagem capaz de afastar qualquer vontade em querer pisar aquela areia antes do pino do Inverno, única altura em que não se por lá vêem estes espécimes do Barreiro, Baixa da Banheira e arredores.

Quis fazer o mesmo raciocínio e, quando me vi a imaginar o Verão em SPS, o que me veio à mente foram as festas da vila. «Festas da vila», só o nome deixa-me cheio de arrepios na espinha. Os calafrios que sinto ao ouvir pronunciar estas palavras instalam-se e duram, duram.

Aquelas cercas feitas de tábuas desalinhadas e terminadas em bico. As luzes fiéricas, as colunas de ruído que ladeiam a Rua Serpa Pinto, todo o dia com elevados decibéis, incapazes de emitir um único som. Uma musiquinha de bradar aos céus, um mix de Ágata com Kenny G. As barracas ridículas que instalam no meio do jardim a vender pretenso artesanato e rifas não se sabe bem para quê. O Tó Carlos ladeado do Chaves e de S. João Baptista, seguido pelo cambaleante mijado. O Tropical cheio dos habituais e outros que tais. Um cenário de fugir...

Pior mesmo, só as festas da vila em anos de eleições. Nessas alturas, os ocupantes do senado, ditos políticos, querem brilhar. Pensam que se nos encherem a vista com aquilo que denominam de «bom programa» arrebatam mais uns votos. De preferência um que custe muito dinheiro. Bom e barato já não existe, dizem orgulhosamente de café em café, com boletins de votos nos olhos.

Este ano, como há eleições, não quiseram fugir à regra e... pimba. Marco Paulo, marchas não sei das quantas, Tocata, Sérgio dos «Ídolos», Fingertips e por aí fora. Não sei quanto leva o Sérgio para cantar uma horas, nem os Fingertips para miar durante outro tanto, mas o Marco Paulo tem uma colecção de Porsches... Não foi certamente a vender os caracóis da carapinha de outrora que os conseguiu comprar.

Talvez tenham esperanças de pagar em prestações a maquia cobrada ou, quiçá, não pagar. Sim, por vezes os artistas não cobram nada. Vi isso na Terra do Nunca. Foi o Peter Pan que mo disse na presença da Fada Sininho.

O que eu sei mesmo é que as Festas da vila não se pagam sozinhas. O dinheiro cobrado nas entradas não chega nem para o Marco Paulo arrotar uns acordes do «Tenho Dois Amores». Pelo menos paguem aos artistas locais.

E depois há a questão da segurança. Será que a estrutura da viga do Tó vai aguentar. Já estou mesmo a ver, naquela parte do «Sempre que brilha o Sooollllllll», as verguinhas da viga a desfiarem e a ponte a desabar sobre os cagalhões flutuantes. Porra, não devia ter escrito isto, ainda aproveitam a ideia e transformam o rio num aterro sanitário...

Bem, deixo-vos com uma sugestão de associação de ideias. Prioridades. Pensem e escrevam todas as que vos surjam a partir de «prioridades». Vão ver que dão melhores políticos que o Tó Carlos e seus apóstolos.
No que me toca, prefiro pisgar-me uns dias para a Costa. Tremoços e finos, aí vou eu! Deixem lá uma nesga para o meu Renault 5 TDI Rip Curl.
 
Comments:
Ó Rob
Eu sei que tens um big problema, ou melhor tens um problema com a viga.
Há as pequenas.
Depois há as grandes e duras e ainda as grandes e moles.
Parece que tens um problema com as grandes e duras!!!!!
Disso já nós sabiamos. Agora das festas e das costas, era uma dúvida. Acabaste de esclarecer tudo. O teu problema maior reside nas traseiras.
Boas entradas, então!!!!
 
Ó Rob
Eu sei que tens um big problema, ou melhor tens um problema com a viga.
Há as pequenas.
Depois há as grandes e duras e ainda as grandes e moles.
Parece que tens um problema com as grandes e duras!!!!!
Disso já nós sabiamos. Agora das festas e das costas, era uma dúvida. Acabaste de esclarecer tudo. O teu problema maior reside nas traseiras.
Boas entradas, então!!!!
 
Podiam antes pôr uma peça do Cénico e uma declamação de Brecht pelo Borges.
 
O gajo que pôs os dois primeiros comentárioa ao lavar os dentes esta manhã caiu-lhe a tampa da sanita na cabeça.
Arre f.... vocês são mesmo MUITO, MUITO BURROS.

PS: Amigo Chaves, vê se fazes algum ou em Outubro lá vamos ver-te a dois metros do balcão da CCAM(a barriga nõa te deixa encostar)a contar moedinhas ou pensas que és a Manuela Ferreira Leite e Vais para a CGD? Vai lá vai que até a barraca abana.
 
Última hora: para as festas não ficarem tão caras, a CM vai substituir o Marco Paulo por um show de strip de um outro Paulo, que não é Marco, mas é Chaves
 
O espectáculo fica mais barato mas reforçar o palco fica muito mais caro. O Marco paulo fica mais barato.
 
Então e se pusermos o mijado a segurar o palco. Não dizem que o vinho dá força?!
 
Talvez fosse melhor pôr-mos lá o cérebro do António. Misturado com a á gua do rio resulta numa liga designada por concreto. Seria melhor não?
 
www.diaconoencastracao.blogspot.com
 
A festa na ponte vai ser um grande risco. Agora que o Eng. V. Barros anda por aí a conhecer o concelho, principalmente em festividades populares, e conhecendo a sua paixão pela agricultura, corre-se o risco de não resistir à bem-tratada relva do lenteiro e desatar a praticar actividades de pastorícia em pleno concerto do Marco Paulo, deixando aquele relvado tão mal tratado, a ponto de se cancelarem as festividades. E se os jotas o acompanham….
 
Vai lavar os dentes pastor.. estão verdes. lol
 
É mesmo, o Robin um dia destes vai aparecer com o focinho amaçado, depois todos ficam a saber quem é!!!
Aguardem pela figura...
 
Já agora, quando fores para a costa, leva azeite virgem...
 
Na verdade, começam a desenhar-se alguns contornos da firgura do Robin até a começar pelas horas em que postula os seus blogues e a hora em que laça os comentários, alem disso a linguagem.
Tudo bate certo, não é Robin...
Amanhá é um novo dia..., quem seba o que virá??????
 
Já que escavacaram a ponte toda com obras pimbas, agora, para não destoar, com inaugorações de cagança americana, põem o MR. Marco Parolo a grunhir para deleite de uns quantos inergúmenos serranos. Não é suposto as Festas da Vila serem para os da vila? Estranhamente, ou talvez por causa dos programas bacôcos que todos os anos nos impingem, não há festa que faça descer à urbe tanta turba de serranada! Será porque quem aprova tão tacanho programa para as Festas dos da Vila também é parolo e serrano? Nós, os da vila, queremos elegância e distinção nas nossas festas. Os serranos já têm todo o ano os bailaricos da associação e da paróquia, com muito vinho americano e cerveja, cheiro a febras e frango assado e com o nausiante e pestilento odor a queijo da serra que lhes vem da couraça.
Qualquer dia, faço como o Subtil, barrico-me na casa de banho da C. M. e grito: Ai Jesuuuuuuuusssss!
 
É isso tudo. O actual programa das Festas da Vila refletem a mentalidade retrógrada, tacanha, terceiro mundista, serrana, torpe, mediucre, pimba, parola... de quem aprovou o programa das festas. Já foi tempo em que cá vinham bons artistas...
 
Ó abelha fina, do coment anterior: Onde é que te baseias para rotular os Sampedrenses como criaturas mais sofisticadas em comparação com a serranada circundante de S. Pedro? Por acaso a casa do Benfica, o Tropical, o Bar do Solipaima e o Paulo Chaves ficam no Candal?Cala-te e vai mas é beber um copázio ao Nascente.

Padre do Candal
 
Isto é castiço. Um comentarista, do alto da sua sapiência, a classificar a mentalidade de sujeito indefinido(será que custa muito escrever Adriano?), entre outros mimos ,de "mediucre".
Só faltou chamar "incolto".

Ai Chaves, Chaves, essa 4ª classe.
 
Vai haver uma sessão de streap entre o autor deste texto e a sua hospedeira.
Não acreditaram, pois não? A hospedeira é delírio do puto. Logo não há espectáculo. A não ser apenas dele como fez nas andanças.
 
o "eu tenho 2 amores" do Marco Paulo " não deixa de ser uma bela metáfora aos problemas existências do Senador Adriático. Por um lado o desejo de ele assumir uma candidatura própria e distânciar-se dos affairs do Matos e do vinho do Sousa, por outro o dever de fidelidade ao Tó Carlos que o albergou estes anos.
Se fosse a ele ia em frente e adoptava como máxima outra letra musical:"e que tudo mais vá pró inferno"(Roberto Carlos, p´ros incoltos musicais")
 
O Robin tem dois amores: o PS que lhe foi infiel o o BE no qual votou nas eleições para o parlemento europeu de 1999
 
É de facto caricato o comentario "AS festas da vila n ao sao para os da vila" sim sao festas da vila mas nao sao para os da vila...e eu pergunto me como e posssivel ser-se tao burro??

MAs enfim se isto fosse so para os de vila estavas era a trabalhar o ano todo para poder pagar o almoço ao marquito!

E e por mentalidades como esta que nao evoluimos
 
É de facto caricato o comentario "AS festas da vila n ao sao para os da vila" sim sao festas da vila mas nao sao para os da vila...e eu pergunto me como e posssivel ser-se tao burro??

MAs enfim se isto fosse so para os de vila estavas era a trabalhar o ano todo para poder pagar o almoço ao marquito!

E e por mentalidades como esta que nao evoluimos
 
...hic... isté que bai ser... hic... o a malta... hic... a cantar... e despois...hic ... bêm aquelas gajas todas boas... hic.. da serra... a saltar... cos marmelinhos a saltar... quero chêrar tê bacalhau... hic... dasse... num é este gajo!... hic... já tou a ber... é dos caracois... hic... eu tenho um carro de bois... hic...
 
Ao do primeiro e segundo comentário, que vem falar em vigas e vergas, esquece-se que também há aqueles que, de tão grande, tão grande que têm a barriga, quando olham para baixo, já nem vên viga grande, nem verga curta, nem viga larga, nem verga fina... Só sabem que ela lá está através do tacto, porque passam o dia inteiro a coçar os tomates para se certificarem que ainda os têm no sítio.
 
Penitência! Já escrevi 6546589754 de vezes a palavra medíocre, não para me lembrar da sua ortografia, mas para me não esquecer de certas mentalidades desta vilória.
Errar uma vez, assumir e corrigir o erro é humano e tolerável. Errar duas vezes sobre o mesmo assunto é incompetência. Agora, andar para aí há dez anos, a errar nas Festas da Vila é burriçe!
Aufdersehen!
 
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S. Pedro do Sul, Viseu

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