O CICLO DAS ANDANÇAS, O DIDGERIDOO E O RELAXAMENTO TÂNTRICO
Para quem já cá anda há uns anitos, como eu, que conto já com 69, a percepção de que a vida se faz por ciclos é uma realidade. As coisas repetem-se inelutavelmente. De ano em ano. De semana em semana. De dia em dia. De hora em hora e por aí fora.
A duração dos ciclos variam. As sensações e o feed back que retiramos dos factos que se repetem também. Umas são boas, outras más. Umas pioram nos ciclos seguintes, outras melhoram.
Um dos factos que se tem vindo a repetir no nosso concelho e que me anda já a fazer alguma espécie são a #%&!”&## das andanças. Não é perseguição, acreditem. Eu até gosto dos andantes. Adoro-os quando estão longe da minha vista, do meu olfacto, da minha audição, do meu tacto e do meu paladar.
Não é por nada, mas a minha vista foi feita para contemplar os frescos da Capela Sistina. O meu olfacto para se deleitar com as alfazemas existentes na região de Champagne. A minha audição para se embriagar a ouvir os Nocturnos de Chopin. O meu tacto para dedilhar a mais lustrosa das sedas chinesas. O meu paladar para se arrebatar com singulares trufas, acompanhadas por um Quinta do Côtto de 91.
Já não me vou pronunciar relativamente àquelas túnicas arábicas que alguns usam como vestuário para tapar as axilas não depiladas, sequer dos animais de raça canina que acompanham a maioria, quase todos presos por cordéis de cor encarnada, tão pouco dos cabelos untados com resinas e outros produtos gordurosos de origem desconhecida. Já o fiz em tempos e não me vou repetir.
Quero apenas salientar um ou outro aspecto do programa desse festival andante, a saber: o didgeridoo e o relaxamento tântrico.
Para quem não sabe, o didgeridoo é um instrumento de sopro utilizado pelos Aborígenes, que se caracteriza pela sua tonalidade grave e que, para ser tocado, necessita de uma forte vibração dos lábios... Agora pasmem-se, parece que este instrumento, que mais parece um bocado de pau oco, tem o poder de alterar estados de consciência e efeitos terapêuticos no sistema nervoso e energético.
Já imagino as filas atrás do didgeridoo, senadores com a consciência pesada pela gestão feita no concelho, carregados de energia negativa pelos actos praticados e pelos que ainda não praticaram por falta de coragem. Já os estou a ver de pau na boca e aquele som grave a sair: HUOOOOOOOOOOOOMMMMMMMMM!
O relaxamento tântrico.
Quanto a este assunto nada sei, confesso. Sou um bocado dado a pressas e gosto pouco de preliminares.
Por isso, deixo-vos com um apontamento que saquei da net, do site http://erotica.cidadeinternet.com.br/article.asp?505~178615, e que passo a transcrever:
«Para os estudiosos do tantra, o bom sexo nunca termina. Mas para isso é preciso aprender a segurar o orgasmo. Antes de tudo, porém, é preciso romper ir além: para os adeptos do sexo tântrico, técnica e filosofia milenar, a ejaculação leva a um grande desperdício de energia.
Impedi-la não é tarefa fácil. É preciso preparar-se para essa prática, reservada apenas aos mais experientes nos caminhos do tantra. Quem já experimentou os poderes do tantra garante que a vida sexual melhorou, o apetite pelo sexo aumentou e a sensação de prazer tem sido constante.
O primeiro passo para se iniciar no tantra é esquecer o relógio. Aborte a ideia de querer chegar logo na penetração. Beije, toque o corpo da(o) parceira(o), explore as zonas erógenas. Se não der certo da primeira vez, não se preocupe. Tente novamente. Para os adeptos do tantra, o sexo nunca chega ao fim.
As mulheres também são aconselhadas a segurar seus próprios líquidos, conhecidos no tantra como rajas. Uma técnica simples consiste em pressionar a língua fortemente contra o céu da boca pouco antes do orgasmo.
O principal objectivo do tantra é levar a Kundalini, conhecida também como energia vital. As técnicas para isso diferem de acordo com a 'escola' tântrica adotada, mas em geral envolvem exercícios de respiração e meditação.
Segundo Levi Leonel, especialista em tantra, esses exercícios só devem ser realizados sob supervisão de um instrutor.
Como fazer a massagem tântrica
Prepare o clima da sedução. Coloque uma música suave e sensual, queime um incenso, apague as luzes e acenda algumas velas. Comece a massagear seu par pelo pescoço, costas, pernas e pés. Beije sua nuca de vez em quando...
Deixe que seu corpo e seu sexo toque levemente o corpo do par. Pressione sensualmente a vagina e o clitóris (pénis e testículos) dando liberdade a tudo que provocar prazer.
O toque e o cheiro se unem levando a experiências eróticas mais intensas, envolvendo os parceiros em todos os níveis. A subtileza das mãos, mais do que qualquer outra parte do corpo, é capaz de transmitir ternura e carinho.»
Portanto, já sabem, deitem os relógios fora, retenham os líquidos, escolham um supervisor e preparem-se para receber a massagem tântrica. Se quiserem o caminha fácil, vão até ao império Adriático e aprendam como fornicar tantricamente.
Eu cá vou para lá, já a seguir. É que é já a seguir.