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robindotelhado
segunda-feira, junho 12, 2006
 

A AULA PRIVADA DO TÓ

Notei nos últimos dias uma certa inquietação junto da sociedade sampedrense relacionada com a conferência do Brendan Walsh. Queixam-se, sobretudo, pela pouca ou nenhuma divulgação que o evento teve. O comuna combatente e resistente afirma mesmo com uma lágrima no canto do olho que ninguém o convidou. Coitadinho...

Bem, o certo é que o diabo da conferência não teve projecção nenhuma e deveria ter tido. Primeiro, porque o conferencista é um economista de renome. Segundo, porque tinha sido uma óptima oportunidade para mostrar aos sampedrenses que o Cine-Teatro não serve apenas para sorver os dinheiros públicos e para constar na linha de intenções políticas de todos os candidatos locais – (se me ouvissem, aquela merda já tinha vindo abaixo há muito). Terceiro, seria muito mais interessante ouvir o Prof. Walsh do que mais uma peça de intervenção do Cénico.

Qual então o motivo para tão fraca divulgação e, consequentemente, tão pouco público a assistir? O primeiro motivo que encontrei foi a ausência de porco no espeto. O Tó Carlos habituou mal a rapaziada e agora já ninguém lhe liga, a si e aos eventos por si promovidos se não houver porco. Vejam a convenção europeia sobre termalismo, por exemplo, nem teve direito a constar nas páginas ímpares no último boletim municipal, conhecido também por Notícias de Lafões, tendo ficado remetida para um cantinho do jornal.

No entanto, era uma explicação simplista, não podia ser só isso. Lembrei-me depois que aqui há uns tempos a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de S. Pedro do Sul organizou um ciclo de conferências onde foram convidados vários economistas, supostamente representativos dos vários quadrantes políticos.

Um dos convidados, que levou mais público para assistir, foi o sampedrense Carlos Carvalhas. O nosso Tó, como é um pouco vaidoso, lá compareceu junto do povo que o tinha elegido com larga maioria. Podia ter-se remetido ao silêncio e, assim, feito uma boa figura, já que por vezes vale mais estar calado do que dizer asneiras, mas não, o nosso Tó, tendo presente o seu resultado eleitoral, resolveu falar.

Sem nenhum estudo do tema em debate, fiando-se na credulidade do seu interlocutor, resolveu dizer generalidades sobre a Irlanda, pensando que, com isso, faria um brilharete. Cabrummmmmmm!

Qual trovão fulminante, mas com um sorriso indelével, o maior comunista de SPS (desculpe a afronta, Dr. Gralheiro) atestou sob compromisso de honra aquilo que muitos, quase todos, já sabiam: o Tó Carlos fala do que não sabe. O homem enterrou-se na cadeira, só não tendo desaparecido do campo de visão do restante público por ser alto. Quando o Carlos Carvalhas o mandou estudar e consultar os índices económicos que contrariavam retumbantemente o disparate jornalístico que acabava de vociferar, o Tó ficou lívido. Consegui mesmo sentir as gotículas de suor frio que lhe escorriam pela testa abaixo.

O homem ficou arrasado. Coincidência ou não, foi nessa altura que trocou de BMW, quiçá para passar despercebido junto das pessoas que assistiram àquela vergonha pública. Coincidência ou não, o stock de Valium ficou reduzido nesses dias.

Esta foi a verdadeira razão para o Prof. Brendan Walsh ter vindo a SPS, elucidar o Tó Carlos para não passar mais nenhuma vergonha pública. Até aqui tudo bem, as pessoas podem e devem cultivar a aprendizagem, principalmente quando o nível de sabedoria e conhecimentos é baixo. É meritório.

O que já não me agrada tanto é termos de ser nós, munícipes, a suportar as aulas do Tó Carlos. Quanto é que o Prof. Brendan Walsh terá cobrado para vir de Dublin até SPS? Quanto terão custado as dormidas e comidas do senhor?

Não me fecundem, amigos. A maior parte da plateia nem português sabia, quanto mais inglês técnico. Vão beber água do balneário, para ver se o enxofre lhes desentope o cérebro. Já chega de gozo.
 
Comments:
Isto de trazer cá o prof. Brendan Walsh foi como quem dá pérolas a porcos. 90% dos participantes, que cabiam todos na primeira fila, não perceberam a ponta dum corno do que o economista esteve para ali a dizer. E não foi só a barreira da língua. Mesmo quando o conterrâneo Luís da Silva, doutorando em Dublin, deu as suas explicações e interpretou o que o mestre dissera, o vulgo dos apêndices serranos, presidentes e afins fizeram como fazem os japoneses em terra estrangeira, sorriram e assentiram com tudo o que era dito. Mas, ou menos, a vinda do prof. Brendan Walsh serviu à elite dos 10% restantes, quase todos da vila, claro, salvo uma ou outra excepção que, não sendo da vila, têm uma mentalidade sofisticada, um gosto refinado e uma compreensão douta. Continue, Tó Carlos, assim a dar-nos, a nós gente civilizada, mais pérolas destas e menos porcos no espeto mal passados!
 
Eu que sou APESPETO (adepto do porco no espeto) preferia ter ouvido o próprio Tó a mentir com quantoas dentes tem, por exemplo dizendo que vai fazer o saneamento básico do concelho. O Tema da conferência poderia bem ser o seguinte: «O Escoamento da Merda do Tó».
 
Eu faço parte da elite cultural rpesente nesse importante evento e não só não percebi um corno do que o gajo estava para alá a dizer, como vi várias pessoas a dormitarem, do tipo Mário Soares no PE.
 
Eu próprio não fui porque já tive inglês há muito tempo, mas gostava de ter ido! Estas iniciativas são salutar! Continue assim, meu Presidente, está no bom caminho!
Manuel Silva
 
Eu fui
e vi
o Rui C a fazer uma lista dos que vão pagar o pato quando (diz ele) for presidente.
 
Ultimamente na nossa vila têm sido promovidas conferências com algum interesse, na óptica de uma vila que zela pelo desenvolvimento e cultura dos seus habitantes, só que a divulgação é que deixa muito a desejar.
Esta no Cine-Teatro foi um escândalo. Como é que uma iniciativa promovida pela nossa edilidade, logo paga com o dinheiro de todos os munícipes, não teve divulgação? Será que o Tó Carlos teve medo:
- de organizar uma festa sem o garrafão e a casca de melão?
- de passar mais uma vergonha, com as suas perguntas típicas?
- que o irlandês dissesse que as receitas das eólicas são muito mais baixas do que as que o Turismo na Serra poderiam vir a gerar?
- que o irlandês dissesse que o rio Vouga está poluído e não é possível lá tomar um banho?
- que o irlandês dissesse que o desenvolvimento das Termas não é só betão, betão e betão?
- que o irlandês dissesse que devia dar autonomia às freguesias que apresentassem índices de desenvolvimento muito superiores aos do concelho? (lembrei-me de Carvalhais)
Todos estes medos do Tó foram solucionados, pois nem a primeira fila do Cine-Teatro ficou completa, sendo assim o Tó nem 20 votos perdeu.
Parabéns pela divulgação, mas há que não esquecer que no concelho ainda há quem esteja interessado em participar em eventos destes, haja divulgação.
 
A falta de divulgação é propositada. Quanto menos pessoas informadas existirem, menos possibilidades tem o Tó de sair da CM. Um espécie de orgulhosamente sós dos tempos de hoje.
 
“Eu faço parte da elite cultural presente nesse importante evento e não só não percebi
um corno do que o gajo estava para lá a dizer…”
Deixa lá, eu depois faço-te um desenho!
 
Silva, um homem putativo,
Espírito participativo,
Falhou no dia da conferência.
Melhor coisa fez esse femeeiro,
Que com grande reverência,
Foi por os cornos ao Sr. engenheiro!
 
Não! Isso é um vitupério! O Silva quedou-se mesmo pelo substituto do “Encolhe”.
 
Digam-me quem é o fdp que me anda a caluniar e eu, invés de lhe pôr os cornos, parto-lhos em pedaços. Já mandei umas arrochadas num que nós cá sabemos e resultou, posso fazê-lo novamente em quem mais se atrever.
Manuel Silva
 
Deixem o Silva em paz, seus frustrados. Já não tem piada martelar sempre no mesmo. Porque não pegam no vereador que foi encostado ou naquele outro que está prestes a dar o salto?
 
Olha o Silva qual CowBoy,
De intelectual passou a bad boy.
Será que o vinho o deixa agressivo?
Tenha calma ó Sr. Silva,
Que para tanto não há motivo!
 
Eu tb quero uma aula privada de dança, table dance, pode ser?
 
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S. Pedro do Sul, Viseu

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