UMA QUESTÃO DE ESTILO OU (DE)FORMAÇÃO?
Na parte central primeira página da edição de 11 de Agosto do Notícias de Vouzela surge uma notícia cujo título é o seguinte: «Iniciativa Inédita – Autarquia de Oliveira dá livros para o 1º ciclo».
Quase que nem carecia de desenvolvimento. Está tudo dito. O Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades entendeu por bem oferecer os livros a todos os estudantes do 1º ciclo do concelho. O custo para os cofres da Câmara é de 15 mil euros.
Não quero mudar-me para Oliveira de Frades. Gosto de morar na Bustarenga.
Se referi a notícia foi apenas e tão só para estabelecermos o paralelismo entre o Presidente da Câmara de Oliveira de Frades e o nosso Tó. Entendo que é útil para os votantes do Tó se aperceberam das diferenças entre duas pessoas (HUMANAS) com a mesma cor partidária.
Enquanto que o edil de Oliveira de Frades gastou 15 mil euros na compra de livros para os estudantes do 1º ciclo, o Tó comprou um carro de 50.000,00 € (cinquenta mil euros), oferece porcos no espeto, vinho em garrafão e subsidia associações cujo plano de actividades é organizar torneios da sueca e do jogo do galo.
Sinceramente, do Tó já não espero grande coisa. Há muito que me apercebi que a sua (de)formação só dá para isso mesmo, para viver com estilo à custa do orçamento do município e oferecer umas almoçaradas bem regadas para toldar o espírito dos eleitores. A parte cultural e a educação que se fecundem, como diria o Bêbado da Silva.
Já do Professor Castro, cuja formação política e social conheço há uns anos, as expectativas eram outras. Não esperava que advogasse uma política cultural elitista, com concertos de Mozart no Cine-Teatro, mas esperava uma iniciativa do género da que está relatada na notícia que deu o mote a este post.
Vá lá, Professor Castro, não se acanhe. Nas próximas eleições eles vão correr consigo e vão, por isso, faça algo de diferente, corte com os subsídios às dezenas de associações parasitas que por aí existem e faça um brilharete. Vasculhe nas suas gavetas o espírito revolucionário que sempre teve e que está a extinguir-se.