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robindotelhado
sábado, janeiro 31, 2004
 
Após a entrevista, vamos para a secção do léxico.
Hoje, relacionada com religião.
Como sabem, a vida do JC chegou até nós através de quatro senhores, mais tarde tornados santos: S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas e S. Paulo.
Habilidosos na arte da escrita, coisa rara naquela época, reduziram toda a doutrina do JC em vários livros, tantos quantos os seus autores, os Evangelhos.
Por o terem feito, denominam-se evangelistas.

Não é, porém, dos santos que vos quero falar, pois que os não há na nossa vila à beira Vouga implantada.
Falar-vos-ei de evangelistas, sim, mas de uma outra espécie. Daquela que o meu dicionário, cada vez mais útil, sintetiza da seguinte forma: «pessoa que proclama verdades sublimes ou que divulga uma doutrina que se segue como se fosse o Evangelho».

Não se mostrem espantados, meus caros. Também eu pensava que já tinha visto tudo em SPS, mulheres a despir amantes, molhos de francesinhas condimentadas não com pau de cabinda, mas com pêlos púbicos, prédios a crescer contra o projecto, um assessor presidente de um clube de futebol, um presidente à frente de uma rádio, uma rádio ao serviço de um presidente, um presidente à frente de um jornal e um jornal ao serviço do mesmo.

Estava enganado. Não sou como o outro que nunca tem dúvidas e raramente se engana. Admito. Faço mea culpa.

Estava eu no balneário, sempre alerta, qual bom escuteiro que sou, com a parte final do meu intestino grosso encastrado na cadeira, não fosse algum credor vir buscá-la, quando vi entrar aquela figura possante e entroncada.
Um manto branco elaçado no ombro esquerdo propendia sobre o seu corpo musculado. Num contra luz divinal, quase angelical, avançou a passos largos e determinados em direcção ao meu posto.

Maravilhado, ergui o meu traseiro e fiz-lhe uma vénia. Gostou do trato e concedeu-me um sorriso, esboçado com realce pela ausência de pêlos no rosto.
Para além da óbvia conclusão de o poder levar a comer francesinhas ao Marias, ou lá como se chama o antigo BB (Bar Brasileiro), nada mais consegui deduzir.

Questionou-me onde podia encontrar o encarregado de obras e afastou-se, transportando um livro na mão direita. Ainda consegui reparar no título, gravado sobre o vermelho com letras douradas gravadas em baixo relevo: «Evangelho Segundo ACF».

Incrédulo, perguntei a dois dos meus noventa e três colegas de balneário (excluindo os trinta e cinco aquistas que por lá se encontravam) quem era aquela personagem.
O maluco, assim conhecido por ter dois guizos pendurados no único testículo que lhe restou após uma longa exposição ao enxofre das águas termais, aprontou-se, a responder: «fdx, camarada, é o evangelista, caralho. Não conheces?»
Interrompendo ulteriores considerações, o bufinho azul, petit nom que lhe adveio do problema intestinal de que padece pelas litradas valentes de cerveja que costuma encanar no Valsavários, apressou-se a fazer a correcção: «Hic, evangelista o caralho, hic! Doutor evangelista, hic! Não lês os ofícios, hic, das obras?, Fdx, hic, hic!».

Mas, perguntei, «o que faz um obreiro evangelista num balneário?»

O maluco, nesta altura já com os guizos de for a trucidarem-lhe o testículo solteiro e a trincar o lábio inferior, vociferou o seguinte, não sem antes repetir o já habitual fdx: «só vês blogues, meu? Com tanta rapaziada na máquina alguém que lhes ler a cartilha. ..da-se pó gajo, é mesmo burro».
Num perfeito dueto, seguiu-se o bufinho azul: «hic, pufffffffffffff, pois é, não vês que o gajo trouxe o livro e tudo, hic. Espera um bocado e já vais ver como o gajo fala».

Passados uns minutos, na companhia do encarregado, subiu para o palanque e, fazendo uso do sistema de som providenciado pelo bivalve de serviço, abriu calmamente o seu livro vermelho na página 653 e olhou de relance para os espectadores, quase todos funcionários do balneário.
Com uma voz firme, mas forma pausada, começou: «sei que andam para aí uns blogues da treta a criticar tudo e todos, dizendo que temos pessoal a mais e dinheiro a menos. Credores a mais e fundos a menos. Que são mandados por um senador com cabelo à Tintin e outras vis falsidades».

Fez uma pausa e, tudo em silêncio, apenas um traque do bufinho azul se fez sentir, repentinamente disse: «Não vos preocupais com o vosso futuro e com o balneário de todos nós. O ACF tem a solução. Em primeira mão incumbiu-me da honrosa tarefa de vos comunicar que em breve será criado mais um pólo balnear. Fodei e multiplicái-vos. O pão e vinho das vossas mesas e das gerações vindouras está assegurado».

E pronto, com esta verdade sublime, pelo menos na óptica do simpático evangelista, me fui, para mais tarde me vir sobre a puta de Vilar.
Tudo porque jamais olvidarei o seu comando de multiplicação.

Ide em paz e que o evangelista vos acompanhe ao longo da obra da vossa vida ou da vossa vida em obras, para o caso de serm comerciantes nas Termas.

Robin do Telhado
 
sexta-feira, janeiro 30, 2004
 
No número mais recente da Gazeta da beira, o nosso presidente, solícito, como sempre, acedeu em conceder uma entrevista.

Uma fuga de informação da Câmara permitiu-me aceder às respostas que o presidente queria e devia dar a cada uma das perguntas feitas, mas não deu. Afinal as eleições estão à porta e há que ter cuidado.

Para que a opinião pública bloguista se inteire do seu conteúdo, vou transcrevê-las:

GB: «O traçado que sugere para modificar a entrada da vila no Bairro da Ponte tem merecido oposição por parte de muitos particulares, principalmente a prevista demolição da casa junto à ponte sobre o Rio Sul. A demolição é inevitável?»
ACF: Sabe o que diz o Ferro em relação às buscas telefónicas. Adapte a este contexto e já vê o que eu penso da demolição da casa.

GB: «A construção de uma segunda ponte paralela à actual vai descongestionar o trânsito?»
ACF: Olhe, para lhe ser sincero, a ponte não serve para merda nenhuma, a não ser para entupir mais o trânsito da vila. Porém, se não faço algo que se veja, não tenho hipóteses. Ao menos a ponte, que é feia q.b., vai ser vista por toda a gente que venha de Viseu ou Castro Daire.

GB: «As obras de requalificação urbana das termas têm sofrido atrasos, paragens e descoordenação, segundo alguns moradores e comerciantes. A que se deve isso?»
ACF: A resposta está dada. Os atrasos devem-se somente à falta de coordenação, para não dizer de dois palmos de testa. onde já se viu abrir 4 ou 5 frentes de obras em simultâneo? Para ajudar, a massa acabou e sem chiquilin não há nada para ninguém!

GB: «Quais vão ser as competências da empresa de gestão das termas?»
ACF: A pergunta está bem formulada? Não queria dizer quais vão ser as incompetências da empresa de gestão, melhor dizendo, quem vão ser as incompetências?

GB: «A Câmara Municipal continua apostada em construir um terceiro Centro termal? Qual vai ser a localização, no Pólo do Vau ou na zona de Várzea?»
ACF: Pensa que a localização me interessa para alguma coisa!? O que importa é que seja construído. isto do Leal ter entrado para a administração do balneário só deu sarilho. Agora, para calar a boca à rapaziada do partido, tenho que inventar outro pólo e, com ele, uma nova administração. No mínimo, consigo mais meia dúzida de tachos.

GB: «Em que ponto está a instalação dos parques eólicos de Candal e Coelheira?»
ACF: Não me fale nisso que fico logo com os cabelos em pé. Então se visse o compadri Matosso quando ouve falar nisso! É ver os pêlos a saltar-lhe da pêra. Ainda quisemos levar um para Carvalhais, mas o imperador local mobilizou a malta e... tudo o vento levou!

GB: «A despoluição do Rio Vouga é urgente. O que pensa fazer nesta área?»
ACF: Lembra-se quando o Marcelo Rebelo de Sousa mergulhou no Tejo? Olhe bem para mim, acha que sou maluco como ele? A merda é tanta que nem daqui a 100 anos aquilo está limpo. Quem quiser tomar banho que o faça em casa.

GB: «Para quando a abertura do Cine-Teatro S. Pedro?»
ACF: Quero ver se chego a avô antes disso.

GB: Numa reunião da Assembleia Municipal deu a entender que já haverá um compromisso da Lusomundo para a prjecção de filmes no Cine-Teatro. Confirma o acordo?»
ACF: Luso quê??? Nem um cego consigo convencer a investir em S. Pedro, quanto mais um gigante do audio-visual? Isso foi só para dar uma certa cagança, nada mais.

GB:«Qual será a melhor utilidade para o Cine-Teatro S. Pedro?»
ACF: Aqui entre nós, o melhor era mandá-lo abaixo e fazer um bloco de apartamentos, sempre dava um pouco de vida à vila, mas depois ninguém aturava a rapaziada do teatro e eu tenho de os manter calmos. Se os mantiver entretidos a organizar uns autos e umas revistas não me mordem tanto nas canelas! Já viu o quer ter os gajos à porta a abanar com bandeiras vermelhas e a cantar a internacional?

Abençoadas fugas de informação, que nos permitem repor a verdade dos factos.

Robin, o verdadeiro jornalista
 
 
Bamoslaver se cantais melhor do que escreveis:

"A Internacional"


De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!

Refrão
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Duma Terra sem amos }bis
A Internacional.

Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistemos
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos,
Tudo o que a nós diz respeito!

Refrão


"Avante Camarada"



Refrão:
Avante, camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante, camarada, avante, camarada
E o sol brilhará para todos nós!

Ergue da noite, clandestino,
À luz do dia a felicidade,
Que o novo sol vai nascendo
Em nossas vozes vai crescendo
Um novo hino à liberdade
Que o novo sol vai nascendo
Em nossas vozes vai crescendo
Um novo hino à liberdade

Avante, camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante, camarada, avante, camarada
E o sol brilhará para todos nós!

Cerrem os punhos, companheiros,
Já vai tombando a muralha.
Libertemos sem demora
Os companheiros da masmorra
Heróis supremos da batalha
Libertemos sem demora
Os companheiros da masmorra
Heróis supremos da batalha

Avante, camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante, camarada, avante, camarada
E o sol brilhará para todos nós!

Para um novo alvorecer
Junta-te a nós, companheira,
Que comigo vais levar
A cada canto, a cada lar
A nossa rubra bandeira
Que comigo vais levar
A cada canto, a cada lar
A nossa rubra bandeira

Avante, camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante, camarada, avante, camarada
E o sol brilhará para todos nós!

Se quiseres a pauta, vocifera.

Saudações marxistas, leninistas, trotskistas, cunhalistas, carvalhistas e por aí fora, é o que vos desja Robin, o cantor vermelho, epíteto que partilho com Vitorino, não o de SPS - não falo de S. Pedro do Sul - mas o do Alentejo.



 
 
Observador arguto, notre ami président, lui même, do alto dos seus quase dois metros de altura, quase tanto como a sua capacidade de sobrevivência, constatou que todos os seus colaboradores passaram a usar cotoveleiras.

Parafraseando o soprinho, pensou para com os seus botões: fdx, será que já temos os salários da plebe em atraso? será que já há uns trocos para mudar de fatiota?

Depois de vinte tentativas para contactar o senador responsável pela parte financeira e de quatro telefonistas terem encaminhado, reencaminhado e voltado a reecaminhar a chamada, uma voz trôpega e ensonada respondeu: «ah?? Salários em atraso?! Porra.... É melhor vender o balneário, temos de vender o balneário!».

Apelando ao seu espírito de concórdia apostólica romana, o imperador Adriano, que ouvia a conversa em teleconferência, aconselhou o seu par: «vê bem as contas, não pode ser, com a massa que o balneárió dá...».

Trinta copos e quatro garrafas partidas depois, ouve-se aquela voz rouca do tipo acabaste-de-acordar: «f....-se, tá tudo bem. Devemos 2 milhões, mas temos os salários em dia».

Desfeito o equívoco, the master sanator, continuou a indagar as possíveis causas para o súbito aparecimento das protecções dos cotovelos, assim denotando a persistência que lhe é conhecida - custou, mas ao fim de 50 anos foi presidente!

Apostado em desfazer o enguiço entretanto sofrido nas sua células, chamou o velho guadião da sabedoria e maldicência dos paços do concelho: «oh Couple, chega aqui. Que se passa com a nossa rapaziada que anda tudo de cotoveleiras?».

Com o seu ar radiante por lhe reconhecerem alguma utilidade, afirmou rapidamente: «Oh doutor, tá tudo de rastos. Desde a nossa derrota da engrícola que tá tudo com comichão no cotovelo. A coceira é tanta que o povo acabou todo com os casacos rasgados, daí as cotoveleiras».

Diminuído por força do relatório assim apresentado, exalou um suspiro: «meto-me em cada uma....»

Espero que esta história corresponda à verdade. Ouvia-a contar no little mouse.

Seguindo as boas regras bloguistas, tentei, obviamente, confirmá-la junto de fontes mais credíveis, mas parece que é tabu falar sobre a Caixa no senado. Aquela merda arrasou-os mesmo.

Que esperavam, quem se mete com os faccio leva com eles.

Watch out, é um conselho que vos dou.
 
 
Como dizia a nossa querida Amália, que Deus a tenha no Panteão Nacional, obrigada, obrigada, obrigada!
Benditos sejam os abençoados comentários nos blogues da bilória.

Seja feita a vossa vontade. Continuem à deriva. É só rir.
Ora se esfolam para descubrir quem é quem. Ora se insultam reciprocamente. Ora trocam as identidades. Ora escrevem sob pseudónimos falsos. Bombástico.

Perdoai-me as minhas ofensas, mas parece-me que os cordelinhos camarários já se enredaram nos blogues.

Não se deixem manipular. O que os gajos querem é instalar a confusão. É o mais elementar princípio de governação: dividir para reinar.

Não assistiram à entrega dos óscares na nova administração do balneário.

Amen.
 
quarta-feira, janeiro 28, 2004
 
Olá amiguinhos, queiram V. Exas. aceitar as minhas humildes, sentidas e sinceras desculpas por estes poucos dias de ausência, mas o balneário anda a meter água por todo o lado e não sabemos para onde nos virar, melhor dizendo, flutuar.

Para que me perdoem, vou-vos aguçar o apetite relatando a breve história de um molusco.
Advirto desde já que a história deste pequeno bivalve nada tem de feliz, já que tal como muitos outros da sua espécie acabou no tacho.
Calma, não é assim tão triste, pois que não morreu dentro do dito. Revelando uma extraordinária capacidade de sobrevivência, conseguiu salientar-se junto dos demais e, de cabeça de fora do testo, não só não foi cozinhado, como foi cozinhando os outros.

Seguindo a curta tradição bloguista, bota dicionário no assunto: vieira: s.f. (Do lat. veneria) molusco lamelibrânquio muito utilizado na alimentação, também conhecido por leque.

A história deste pequeno bivalve lamelibrânquio começa pela sua ausência de nome próprio, mantendo dessa forma a tradição de família.
O certo é que não carecia dele para se distinguir dos seus semlhantes, pois que, para tal, bastava exibir os seus cabelos côr de mel.
Passou, por tudo isto, a ser conhecido como a vieira Vieira.

Da infância não se lhe conhecem grandes histórias. Passou despercebido na vilória de onde era natural.

Na adolescência, denotando um espírito prático, característica que não mais abandonou, depressa concluiu que, sendo um molusco, o seu fim quase certo era acabar por ser comido. Confrontado com tal sorte, resignou-se e conseguiu a proeza de ter sido o primeiro molusco inscrito num curso de culinária, ministrado pelo Chefe Silva.

Concluído o curso, aliás com distinção, depressa viu que a indústria hoteleira das berças não era merecedora de receber o seu talento. A capital era o seu destino.

Não tinha dúvidas. Encontraria rapidamente um emprego com pouco trabalho e ali se orientaria, com a vantagem de nunca perder o contacto com a água, já que dela precisava para viver.

E assim foi, apanhando uma forte corrente do rio que banhava a sua vilória, que naquele tempo ainda as havia, deixou-se seguir até ao mar. Daí até à 24 de Julho foi um ver-se-te-avias.

Não foi sol de muita dura. Apesar de munido do seu diploma, a cidade, ingrata, não lhe reconheceu os méritos de chéf.

Estava na hora de partir, mas.... Para onde havia de ira a nossa Vieira?
Como um mal nunca vem só, a sua terra, distante e bucóilica, com as folhas de ameeiro suspensas sobre a água límpida do rio que a banhava, via-se envolvida num tortuoso processo de (quase) revolução política.

Não pestanejou ou hesitou um segundo que fosse. Apegando-se ao casco de um veleiro pertença de um dos muitos empresários falidos da região, regressou ao berço.

Os bivalves da sua família, porém, não gostaram do seu regresso apressado. Nunca lhe haviam de perdoar não se ter afirmado junto dos sulistas ingratos e incapazes de reconhecer um talento daqueles.

Apressados, os vis bivalves reuniram-se e, sumariamente, ditaram a sentença: o tacho. Já que havia logrado cozinhar para ninguém, haveria ele próprio de ser cozinhado.

Como se não bastasse a injustiça prestes a concretizar-se, a comissão de bivalves deliberou que o tacho fosse cozinhado junto das águas, por ser o seu meio de eleição.

Dura lex sed lex, arremessaram a pobre criatura para o interior do grande tacho e colocaram-no, tal como a muitos outros infelizes de má sorte, junto às termas existentes no concelho.

Mas a vieira Vieira haveria de singrar na vida. Apegando-se ao já referido instinto de sobrevivente, conseguiu, como já relatei, pôr a cebaça de fora, queimando todos os outros com o fogo que lhe estava destinado.

A partir desse dia, não mais deixou de engordar - e tão magro ele era - animando todos quantos por lá passavam e eram muitos.

Apanhado numa maré de sorte, pois não mais voltaria a ser infeliz, conseguiu receber um patrocínio de uma operadora móvel, como recompensa por ter sobrevivido.
A partir desse dia foi vê-lo sempre empunhado o seu aparelho, ostentando-o para que todos o vissem e ouvissem, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano.

Há quem diga que ainda hoje mantém o dito patrocínio, não se lhe conhcendo outra ocupação que não seja vociferar para o interior do celular.

Daqui para a frente não conheço a história do nosso lamelibrânquio, mas estou certo que os que o condenaram, mais cedo ou mais tarde vão voltar a tentar metê-lo noutro tacho.

Aposto, contudo, que conseguirá, de novo, sobreviver.

Saudações lamelibrânquias, para variar um pouco.
 
domingo, janeiro 25, 2004
 
Parabéns ao novo blog «osmalucosdoguizo»
Tem tudo o que um blog deve ter. Revela sentido de humor e atenção aos principais actores da (triste) cena política sampedrense.
Antecipando so comentários de logo à noite do Professor Marcelo, muito bom. Espero que seja como as pilhas Duracel e dure, dure, dure...
E eu que pensava que andava tudo em estado vegetativo, ludibriados pelas falinhas mansas de notre président.
Pois é, os senadores andaram a brincar com a malta e agora vão levar tau, tau digital.
Pensavam que um jornaleco e uma grafonola eram suficientes para vos manter no poleiro incólumes?
Esqueceram-se, cometeram (mais um) erro de análise da nossa populaça.
Lanço um desafio: como ainda existem muitos munícipes sem acesso à net, proponho-me criar um endereço de e-mail, cuja senha divulgarei, para que todos os bloguistas sampedrenses possam para lá enviar as suas reflexões, pensamentos e críticas, sem embargo de o continuarem a fazer individualmente nos respectivos blogs.
Teria a vantagem de podermos imprimir em versão papel os textos em conjunto, como se de um jornal se tratasse.
Facilitaríamos a divulgação e criávamos espírito de grupo, consiciência de classe.
Não é que partilhe de uma ideologia comunista, mas parece-me que os senadores receariam muito mais uma actuação concertada nestes termos.
Aguardo feedback no meu mail (robindotelhado@hotmail.com)

Saudações champedrenses!
 
 
A curiosidade mata o gato.
É o que nos diz o nosso camarada Tony, o Blair.
Por mais anos que tenha, e já cá vão alguns, nunca vou entender o que vai no pensamento das mentes champedrenses.
Meus caros, porque vos preocupais com a forma e não com a substância? Porque andais tão preocupados com a identificação de um bloguista que apenas quer agitar as massas?
Deixai em paz e sossego esta pobre alma. Deixem-me trabalhar, como disse o pai do cherne.
Apenas quero salientar o que vai de mal no modus operandi champedrense. Faço livre e gratuitamente.
O facto de me escudar no anonimato, chamem-me cobarde, ou covarde, como já vi algures, tem apenas que ver com o facto de me ser impossível revelar o meu nome.
Contrariamente ao que já foi pensado, não trabalho em nenhuma empresa unifamiliar.
Sim, adivinharam, faço parte dos 95% de trabalhadores do concelho que dependem do municípoio para comer pão. Snif, snif. Sou um eterno amordaçado.
Como gostaria de pegar no meu lenço vermelho e ir agitá-lo por essas serras fora,branindo contra os vis executivos oportunistas.
Contudo, não o posso fazer, pelo menos de modo livre. Sim, deparo-me com uma mordaça que me agrilhoa o espírito e me impede de vos revelar a minha identidade. Sou uma engrenagem do sistema que critico. Sou um feitiço que se virou contra o feiticeiro. Sou... empregado do balneário termal.
Vejo-me forçado a frequentar os mais ignóbeis lugares para
conseguir garantir o trigo que levo para casa no fim do mês.
Sim, já fui ao King's, o bar onde as brasileiras do distrito abanam as bundinhas. E eu que nem gosto dessas moçoilas de tez morena com formas voluptuosas.
Que poderia eu fazer? Tinha de impressionar o meu chefe despenteado. Só aí o podia encontrar, afinal era o único local aberto depois das quatro da madrugada.
O pior nem é isso.
Mal, mal é ter de aguentar as dezenas de credores que todos os dias esperam na escadaria dos paços do concelho. Marca às 10, aparece às 15. Acabou de se levantar. Com o cabelo molhado, lá surge com o ar de quem lavou os dentes com os fluídos que sobraram no fundo do seu copo de gin tónico. Longe vão os tempos em que era assíduo jogaor de bilhar do Taco.
Agora é frequentador VIP do Alcazar
Há quem o critique. Esses sim, cobardes.
Como ousam criticar o único homem que, numa altura de crise e contenção, tem corgagem para negar os pagamentos aos credores em situação de pré-falência?
Pensam que é fácil para a Câmara com maiores receitas da região de Lafões negar o pagamento de um simples rolo de papel higiénico por falta de verbas? E o nosso orgulho?
É por isso que me mantenho na sombra. No estreito cumprimento das minhas funções, lá vou apoiando o meu Zézinho da maneira que posso.Não esperam que me revele, que diga mais do que já disse.
Não sou nenhuma puta e, como tal, não gosto de ser fecundada com os fálicos argumentos de todos quantos me criticam por não me revelar.
Só quero ser funcionário camrário, ainda que contratado a prazo, ou seja, prestes a ir-me embora.
Não me obriguem a dizer quem sou. Decerto perderia monh travail se o fizesse.
Deixai-me ser cobarde/covarde.
Saudações à CHAMPEDRENSE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
sexta-feira, janeiro 23, 2004
 
Caso queiram contribuir para a discussão do que se passa em Chão Pedro, ou de que se não passa, não hesitem em enviar votres commentaires para o email: robindotelhado@hotmail.com.
Chau
 
 
Pêra:s.f. (Do lat. vulgar pira, de pirum), fruto da pereira, oblongo, mais volumoso numa das extremidades, de polpa consistente e sumarenta.
Como diz o Rui Veloso, aquele nortenho sulista com sotaque do tipo nem sou carne nem peixe, «o prometido é devido». Cá estou eu a recorrer ao Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa.
Sosseguem, não vou falar de fruta, tão pouco de culinária. Nem do que sei falo, quanto mais do que não sei.
Não é da pêra fruta que pretendo reflectir. Quero antes perceber como alguém se pode ter lembrado de associar um fruto tão apetitoso, tão consistente e sumarento, como nos diz o significado, aos pêlos que algumas almas deixam crescer na venta. A associação do fruto aos pelos é asquerosa, é como mel com fel.
Nunca me debrucei muito sobre os estudos de Freud, mas tenho quase a certeza que terá estudado os espécimes que ostentam essa penugem na ponta do queixo.
Está, com quase toda a certeza, relacionado com sexo, ou melhor, com o excesso dele.
Só pode. Ninguém no seu perfeito juízo, sexualmente falando, se exporia ao ponto de andar com uma espécie de pêlos púbicos à volta da boca.
É coisa que me dá vómitos. Ainda há pouco tempo, quando passeava pelo nosso fórum, me cruzei com um ser destes.
De mãos atrás das costas, lá seguia ele, a passo lento, envolto em conjecturas filosóficas, pelo menos com ar disso. Dava gosto. O seu aspecto sereno, exalava acalmia. Por momentos, imaginei-me ao lado dele a discutir as bases do sistema democrático ou o princípio da participação.
Eis senão quando, no preciso momento em que com ele me cruzei, mesmo antes de me preparar para fazer a vénia devida, posto que de pessoa importante se tratava, talvez um senador, resolve levar o seu dedo médio à dita pêra, escarafunchando-a em círculos.
Interpretei o gesto como se me quisesse dizer: não sou apenas um senador pensante, sou também um filósofo sexualmente activo. Quem cair morre, não interessa quem, não sou esquisito. Pequena, grande, gorda magra... Ostento estes pêlos para que ninguém pense sequer o contrário.
Enojou-me. Estragou-me o almoço.
Ia comer a última importação «champedrense» - a francesinha do Antónios - e comecei a imaginar os pêlos púbicos do senador a boiarem no meio do molho avermelhado, ficando colados, de seguida nas bordas do prato. Que visão! Que asco!
Não sei porque não se dispõe o cherne a determinar que os eleitos locais não podem ter pêlo na venta, aliás, à semelhança do que sucede com o próprio e o seu amigo direito, o Paulinho das Feiras.
Só concederia uma excepção. Poderiam ter pêlos púbicos à volta da boca os senadores - desculpem, mas gosto mais deste termo - todos os que no exercício das suas funções controlassem as hormonas, deixando assim de tentar engatar as moçoilas que por lá poisassem, os que produzissem, tal como as pêras fruta, algum sumo e fossem consistentes.
Bem, se assim fosse, ficávamos na mesma. Lá teria o senador que ir à Barbearia Jardim cortar a pêra, sob pena de, não o fazendo, ir filosofar para outras bandas.

Saudações champedrenses.
 
quinta-feira, janeiro 22, 2004
 
Pêra
 
quarta-feira, janeiro 21, 2004
 
Não tenho paciência para ler propaganda política, mas sempre gostei de ver fotografias, principalmente retratos.
Como o tempo é escasso, sempre que tenho vontade de me sentar na cerâmica de Valadares junto o útil ao agradável e faço-me acompanhar dos últimos exemplares do jornal da Câmara, quero dizer, do Notícias de Lafões. Quer queiramos quer não, quem o faz, seja professor primário, seja técnico engenheiro ou engenheiro técnicom, temos de dar a mão à palmatória. Os homes sabem de marketing político e já há muito se aperceberam que vale mais uma imagem do que mil palavras.
Não interssa como travaram conhecimento com esta máxima jornalística. Até pode ter sido no clube elitista onde habitualmente se reunem, de seu nome Ratinho. Pouco importa. Utilizam-na e pronto.
Por o meu ensejo na apreciação desse paquim ser apenas fotográfico, durante muito tempo apenas cuidei dos aspectos técnico. Se o contratse era bom, se a iluminação era bem conseguida, se o enquadramento seguia a regra do cruzamento de linhas, se a composição plástica satisfazia. Eram estas as minhas preocupações.
Só mais tarde me debrucei sobre o sumo das ditas fotos, vendo os sempre simpáticos governantes com ar firme e determinado.
Houve um, porém, que me despertou particular atenção. Inicialmente foi pelas dimensões do orgão cheirante, que sobressaía do meio dos seus óculos, transparecendo uma intelegência elevada.
Numa segunda apreciação, dei-me conta de uma outra cxaracterística que o permitia distinguir de todos os outros: não tinha gravata, apesar de envergar orgulhosamente um fato, quase sempre cinzento. Ao contrário de todos os outros, que ostentavam esse artefacto capitalista com os mais variados padrões, aquele personagem insistia teimosamente em remar contra a maré.
Pensei ser um penetra com vontade de saltar para a ribalta. Depois de melhor reflectir sobre essa hipótese afastei-a. Se fossem as luzes do estrelato que pretendesse, decerto teria seguido uma carreira futebolística. Sim, podia-o ter feito. O seu porte atlético decerto não lhe negaria essa escolha.
Não, tinha de ser algum dos deles. E não um qualquer, pois que sempre apracia em lugar de destaque, quase sempre no salão nobre e na maior parte das vezes ao centro.
Concluí ser presidente de alguma coisa, posto que estava sempre ladeado por mais que duas pessoas, mas também acabei por enjeitar esta possibilidade.
Foi o facto de o ter visto junto do secretário de estado envergando o já descrito fato sem o referido adorno que me iluminou a mente. Não podia ser presidente de coisa alguma, sequer de uma associação recreativa de uma recôndita aldeia.
Afinal, o jornal em causa sabe que uma imagem vale mais do mil p+alvras e decerto que não permitira que um presidente dos seus comparecesse em cerimónias desse gabarito sem gravata.
É que, convenhamos, a populaça gosta de ver a rapaziada em quem vota engravatada, pelo menos com um lencito à volta do pescoço. A moda dos pelos a saírem por de entre os colarinhos já só se usa no Seixal e na Baixa-da-Banheira.
Gostemos ou não, o hábito faz o monge.
Não era, por isso, um presidente.
Concluí ser um social climber, que, para os que não são fãs da Paula Bobone, significa «alguém que, por qualquier meio, consegue ascender na escala social». Diz esta iluminada autora que «o termo, em determinados mais sociais, pode ter uma conotação negativa», funcionando «em oposição a estatuto social herdado».
Só podia, caso contrário o que faria aquela alma no meio do nosso jet set champedrense?
 
sexta-feira, janeiro 16, 2004
 
Há palavras que merecem todo o nosso respeito, quanto mais não seja para enaltecermos todos os que perderam horas infindáveis na pesquisa dos seus significados.
Num claro tributo à actividade de pesquisa dos compiladores do Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa, vamos, sempre que possível, procurar palavras que tenham aplicação ao contexto do nosso vale.
A que escolhi para hoje - açaime - reveste-se de enorme actualidade, não só pelo número crescente de cães de raças ditas perigosas e que deles necessitam, mas também e sobretudo, pelas eleições autárquicas que se avizinham. Confusos?
Antes de passar à explicação de como um açaime pode ser relacionado com a ida às urnas nas berças, façamos o tributo ao dicionário, para que saibamos do que falamos. Lá vai: açaime - s.m. (de origem obscura) aparelho de couro ou metal que é ajustado ao focinho de um animal, especialmente cão ou furão, para evitar que morda ou coma.
Pois bem, é de açaimes que falaremos, mas não de qualquer tipo de açaimes. Aquele sobre o qual vos pretendo falar é especial. Sendo igualmente ajustado ao focinho do animal, tem a particularidade de permitir que este não morda, mas coma. E de que maneira pode o pobre animal comer.
Feito este intróito, impõe-se agora estabelecer a ligação entre este útil acessório canino - quase sempre - e os actos eleitorais.
Com o avizinhar das eleições, os nossos autarcas-futuros-desempregados-por-não-saberem-fazer-mais- nada-que-não-seja-agarrarem-se-ao-tacho (ufa, nome comprido!), começam a mobilizar-se para calarem todas as vozes inconvenientes. Sejamos francos, quando a nossa sobrevivência periga temos de nos «pôr a pau»!.
Para o conseguirem existem os mais variados expedientes, sendo que uns são mais imaginativos que outros. Daquele tipo, lembro-vos o daquele autarca que vendeu a alma por um queijo. Resultado, ficou no poleiro e não mais lhe faltou comida, posto que a fábrica do dito não mais deixou de coagular o leite minhoto.
Tristes dos autarcas que não têm queijo, pensarão.
«No problem», como se diz na Amadora, quem não tem cão, caça com gato!
Quem não tem queijo, nem cão, nem gato, caça com àgua, de preferência termal.
Avancemos. Nos pasquins locais há sempre alguns extraterrestres que apresentam a particularidade de não ter familiares que sejam funcionários na Câmara - pelos menos em situação precária - e que, por isso, podem criticar as opções políticas tomadas. Nessa actividade crítica, ameaçam os defensores do statuos quo, os quais, por seu lado, temem que alguém atenda às críticas feitas.
Eis que surge o nosso acessório. O açaime, cujo significado poderia ser o seguinte: aparelho cuja função é fazer com os seus utilidaroes fiquem quietinhos e caladinhos, sob pena de, não o fazendo, levarem no focinho. Protegíamos na mesma o focinho e toda a gente percebia melhor.
E a água termal, perguntar-se-ão os meus dois ou três leitores fatigados com tantas considerações, que tem a ver com os açaimes?
A água termal é o açaime em si mesmo. Simples.
Quem quiser experimentar o açaime na pele, ou melhor no focinho, é fácil.
Escrevem um artigo ou dois a dar porrada na Câmara, de preferência sob a capa cobarde do anonimato, senão os gajos processam-vos - parece que o presidente teve a profissão de advogado e não perdoa uma - e esperam. Passados uns tempos, voltam a fazer o mesmo para serem levados a sério. Voltam a aguardar. Como neste caso quem espera não desespera, vão recebr um convite para «ficarem a águas».
É verdade. E ainda por cima são pagos para isso. Basta andar pelo sítio das águas a fazer de conta que estão a trabalhar, mandando mudar uma lâmpada aqui, ordenando a limpeza do chão ali e por aí fora.
Foi por isso que vos disse que este tipo de açaime permite que o seu utilizador não morda - senão a mama acaba - e coma - o salário não deve ser mau.
Agora que já expliquei com a água termal pode ser um açaime, resta-me esperar que não exista nenhum autarca a ler este blog sofrível. Tenho medo que se aperceba que vivemos num concelho com águas termais e se lembre de para lá mandar algum munícipe incomodativo.
Não se admirem que este cenário se possa transformar em realidade. A tentação pode ser grande e, por vezes, podemos cair, ainda que tal implique deixarmos de ser LEAIS.
Mantemos tudo o resto, inclusive o nome. Deixamos apenas de ser leais, nem que seja com a nossa conduta anterior, mas que importa isso?
Se o executivo mandar é só voltar a fazer o mesmo. Não se esqueçam que as águas das Termas são infindáveis. Já o D. Afonso Henriques se banhou nelas.

Saudações «champedreneses».
 
quinta-feira, janeiro 15, 2004
 
Desemprego à vista para os executivos camarários.
Parece que o nosso 1º cherne vai passar a exigir aos autarcas uma profissão prévia como condição de eligibilidade. Calma! O nosso cherne não dorme na forma. Não basta uma profissão sem mais. Do que pude verificar, são estes os requisitos:

1º A duração da profissão em causa tem de ser superior a um ano ininterruptamente;
2º O período diário da mesma não pode ter sido inferior a oito horas por dia e 40 por semana;
3º Tem de ter sido obtida por mérito e pelas capacidades do candidato;
4º Estão, assim, expressamente excluídas todas aquelas cuja obtenção se devam a favores políticos, passados ou futuros;
5º Não se considera profissão aquela que tenha sido exercida em todo e qualquer instituto público, como por exemplo o Instituto da Juventude, nem em governos civis;
6º Não se considera também profissão aquela em que os respectivos proveitos resultem de favores políticos, como por exemplo ordenados graciosos ou avenças de inércia, do tipo «está quieto no teu escritório sem fazeres nenhum, que vale mais do que fazeres merda»;
7º Por fim, não contam como profissões aquelas que sejam meros actos preparatórios de actos eleitorais futuros, designadamente directores de boletins pré-municipais, quer-se dizer, jornais locais, ou directores de propaganda radiofónica, isto é, directores de rádios locais.
8º The last, but not the least, não contam as preofissões que tenham sido exercidas através de testas de ferro, sejam estes professores primários ou engenheiros técnicos agrários.

Se conhecerem algum membro de qualquer executivo camarário que preencha todas estas exigências, positivas e negativas, digam-me. Gostava de o entrevistar, nomear para presidente honorário do clube dos extraterrestres e atribuir-lhe o prémio inovação.

Saudações «champedrenches».
 
 
Numa vilória unicolor - uma laranjada subserviente - só com blogs nos podemos expressar e criticar. Negativamente, pois claro. Críticas construtivas são coisas que desconheço e abomino. Ainda que as conhecesse, como criticar constutivamente num sítio onde tudo e todos são controlados pelos mesmos.
O jornal é dos gajos, a rádio idem, o futebol igualmente, a Misericórdia é uma marionete deles.
Qual polvo siciliano, os gajos arrastam os tentáculos para todos os lados, puxando uns, empurrando outros. E tudo sem que ninguém se insurja.
Temos de pescar cortar rápida e certeiramente, caso contrário, dentro de pouco tempo, outra solução não teremos que não seja sermos uns míseros polvinhos telecomandados.
É para evitar esse desfecho que se aposta neste blog. Vamos cortar os tentáculos do polvo!
 
S. Pedro do Sul, Viseu

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